Lewis Hamilton fora da lista de honrarias do Império Britânico
Mercedes-AMGNão adiantou a mobilização nas redes sociais para que o mais destacado desportista da Grã-Bretanha enfim recebesse seu título de nobreza. Embora Lewis Hamilton tenha dito, até mesmo no Brasil, que não se incomodava com a ausência, muitos de seus compatriotas consideraram indigno que o hexacampeão mundial de F1 ficasse de fora.
Pois a lista de honrarias de ano-novo divulgada pelo Palácio de Buckingham mais uma vez conta com uma imensa omissão. Ainda não é desta vez que o nativo de Stevenage se juntará a Jackie Stewart ou Stirling Moss. Hamilton é MBE (Membro da Ordem do Império Britânico) desde 2009, mas não teve a condecoração elevada desde então, como é costume com quem alcança feitos ainda mais expressivos.
Há quem diga que o ‘esquecimento’ é uma resposta ao fato de Hamilton viver em Mônaco e não recolher impostos aos cofres da rainha. O próprio piloto da Mercedes vê algum reflexo de racismo por conta do tom de pele e da origem humilde e caribenha de sua família.
Sobre críticas e questionamentos que recebe em seu país natal, o hexacampeão disse preferir a imagem dos finais de semana de GP britânico, em Silverstone, quando é carregado em êxtase pelos compatriotas. E declarou que não se importa – ao contrário, fica feliz em saber que é mais querido e popular em outras partes do mundo. Além disso, faz questão de exibir a Union Jack (bandeira britânica), seja na decoração do capacete, seja ao tirá-la do macacão quando confirmou o título, em Austin.
Gordon Murray
Ainda que tenha caráter meramente simbólico, a condição de Membro da Ordem do Império Britânico (MBE), Oficial (OBE) ou Comandante (CBE) tem sido oferecida ao longo dos anos a todos os destaques esportivos do Commonwealth. Este ano, por exemplo, contempla o sul-africano Gordon Murray, lendário projetista da Brabham (com Nelson Piquet) e McLaren. Ele recebeu o CBE (mais alta honraria) pelos serviços prestados ao esporte motor.
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