Binotto questiona redução de orçamento e ameaça tirar Ferrari da F1

Mudam os personagens e as circunstâncias, mas o discurso é sempre o mesmo. Se na década de 1980 a Ferrari chegou a conceber um monoposto para a Indycar como forma de pressionar Bernie Ecclestone e o então presidente da FISA (hoje FIA) Jean-Marie Balestre, agora é a vez de Mattia Binotto manifestar a ameaça de afastar a Scuderia do circo. Tudo por causa do debate envolvendo o teto orçamentário anual para cada equipe. Zak Brown (McLaren) e os times menores defendem a redução, dos US$ 175 milhões previstos para 2021, para algo em torno dos US$ 145 milhões. Com nova queda em 2022.

Ideia que o team principal de Maranello se apressa em condenar. Em entrevista ao diário britânico The Guardian, Binotto disse que cortes excessivos diante do temor pela pandemia do coronavírus podem inviabilizar a presença da Ferrari.

“Mesmo para U$ 145 milhões já seremos obrigados a sacrificar recursos humanos. Com um teto ainda menor, podemos chegar à desagradável situação de procurar outra categoria para mostrar nosso DNA”, argumentou. Binotto disse estar ciente das implicações econômicas geradas pela pandemia, mas pediu um debate que leve em conta todas as consequências.

“A F1 deve seguir como o ápice em termos de tecnologia e desempenho. Deve ser atrativa para as equipes e os patrocinadores que investem no esporte. Se reduzirmos demais os custos vamos aproximá-la das categorias inferiores”, prosseguiu. O dirigente sugeriu, ainda, a adoção de tetos orçamentários maiores para os times que, como no caso da Ferrari, desenvolvem tudo em casa. O que incluiria as despesas para componentes, como as unidades de potência, cedidas a outras equipes.

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