24h de Daytona: edição 60 traz um desafio extra

Chegou a hora da edição de número 60 de uma das principais provas do automobilismo mundial. Às 15h30 do sábado (29) a bandeira verde será mostrada para iniciar as 24h de Daytona (Rolex 24), clássica da endurance e primeira etapa da IMSA Weathertech. Uma prova diferente das demais por usar partes do traçado do superspeedway da Nascar com um trecho interno estreito e desafiador, especialmente com o tráfego. Para este ano, os 61 carros nas cinco categorias – DPi, LMP2, LMP3, GTD Pro e GTD – vão encarar um adversário comum: as baixas temperaturas.

Com a onda de frio que atinge parte do litoral da Flórida, a previsão é de que os termômetros marquem -1ºC durante a noite. Integrante do Acura ARX DPi #10 (Wayne Taylor Racing) que luta pelo bicampeonato, o português Filipe Albuquerque resumiu bem o desafio. “A boa notícia é que não deve chover durante a prova. A má é que, se acontecer, não será chuva, e sim neve”. Possibilidade quase nula, é verdade. De todo modo, as primeiras voltas dos stints com pneus frios prometem ser ainda mais traiçoeiras.

Sem a Mazda, que deixou a principal categoria, Acura e Cadillac brigam pela vitória geral, com supremacia numérica dos protótipos americanos (5 a 2). Num deles, o #31, da Whelen Action Express, está Pipo Derani, atual campeão da categoria. O paulista busca seu segundo Rolex (um exemplar do conhecido relógio é entregue aos vencedores), depois da vitória de 2016. E estreia a parceria com Tristan Nuñez, que ocupa a vaga deixada por Felipe Nasr. Mike Conway volta a reforçar o time que não quis alinhar um quarto piloto, como permite o regulamento.

Vencedor no #10 ano passado, Hélio Castroneves agora está no Acura #60 da Meyer Shank, seu time na Fórmula Indy. Com Simon Pagenaud, Oliver Jarvis e Tom Blomqvist, o quarteto também aparece bem para manter a hegemonia japonesa.

Fraga

Na LMP3, Felipe Fraga volta às 24h de Daytona, com o Ligier JSP 320 #74 da Riley Motorsports. No ano passado, as restrições causadas pela pandemia impediram o piloto do Tocantins de disputar a prova. A expectativa é brigar pelo bicampeonato do carro e, desta vez, comemorar com o outro titular, Gar Robinson.

A LMP2 não tem brasileiros, mas também promete uma luta equilibrada, com times como United Autosports; Racing Team Netherland, High Class e Dragonspeed. O último tem Colton Herta, Pato O’Ward e Devlin De Francesco em seu Oreca-Gibson.

GTD Pro

A novidade da temporada é a estreia da classe GTD Pro, em lugar da GTLM. Os carros GT2 dão lugar aos GT3 já usados na GTD (que segue com o formato Pro-Am). Lamborghini, Ferrari, Aston Martin, Corvette, BMW e Porsche estão representadas com seus pilotos oficiais. Um deles é Felipe Nasr que, à espera de estrear com o protótipo Porsche LMDh em 2023, está no 911 GT3R #9 da Pfaff.

Augusto Farfus integra o time do BMW M4 GT3 #25 da Rahal Letterman Lanigan – time e marca também terão um LMDh a partir do ano que vem. E Daniel Serra está na Ferrari 488 GT3 #62 da Risi Competizione. No Brasil será possível acompanhar a corrida apenas pelo site da IMSA (https://imsa.tv)

GTP em 2023

A IMSA aproveitou o fim de semana para anunciar uma ‘volta aos bons tempos’ na categoria principal. A partir de 2023, ela volta a se chamar GTP (como nos anos 1980 e 1990), reunindo os LMDh e Le Mans Hypercars. Na chamada época de ouro do campeonato, a classe reunia Toyota, Nissan, Porsche, Jaguar e Chevrolet (com o protótipo Intrepid). Para a próxima temporada, Cadillac, Acura, Porsche e BMW estão confirmadas – a Audi é uma possibilidade, com seu LMDh. E o presidente da IMSA John Doonan deixou escapar a possível participação dos LMH. Toyota, Ferrari, Glickenhaus e Chrysler (com os Peugeot 90X) são as marcas cotadas.

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