Dacia apresenta o Sandrider, para o Dakar e o Mundial de Rally Cross-Country

Revelada a máquina que promete ser uma das sensações dos ralis cross-country nas próximas temporadas. A Dacia, subsidiária da Renault, apresentou nesta terça-feira o Sandrider, seu protótipo T1+ Ultimate desenvolvido em parceria com a Prodrive. Ao contrário do que se imaginava, a marca não apostou no visual de um modelo de produção, como o Duster. A inspiração veio do conceito Manifesto, de 2022.

O chassi tubular em aço é o mesmo usado no Hunter T1+, assim como a configuração das suspensões. Mudança no motor – o Ford 3.5 biturbo do Hunter dá lugar ao V6 3.0 biturbo usado pela Nissan em seu esportivo Z, aqui com 360cv. A engenharia da Dacia e da Prodrive seguiu caminho semelhante ao da Audi para desenhar a carroceria: apenas os paineis realmente necessários (todos em fibra de carbono) recobrem o chassi. O que dá ao Sandrider um jeitão de “UTV anabolizado”.

Com a preocupação em reduzir ao máximo a pegada de carbono, o Sandrider traz soluções como o uso de pigmentos infra-vermelhos na carroceria em lugar da tinta, o que ajuda a reduzir a temperatura do cockpit. O uso de um sistema híbrido, ao menos por enquanto, não está nos planos.

Ímã

Atenção especial também em tudo o que possa facilitar a vida dos pilotos (ninguém menos que Sebastien Loeb, Nasser Al-Attiyah e a espanhola Cristina Gutierrez) e navegadores (respectivamente Fabien Lurquin, Edouard Boulanger, novidade ao lado do catariano e Pablo Huete). Uma placa magnética será colocada na carroceria para atrair os parafusos de roda e evitar que eles se percam na areia. O painel terá configuração modular, para que os dois ocupantes tenham os instrumentos necessários ao alcance na posição que preferirem. O posicionamento dos estepes se assemelha ao do Hunter.

O Sandrider foi mostrado inicialmente como uma maquete em tamanho 1:1 e em esboços de computador. Os primeiros testes começarão em breve e a previsão é de estreia no Rally do Marrocos, última etapa do W2RC 2024, como preparação para o Dakar 2025.

Dúvidas

O desafio para a Prodrive, de David Richards, será corrigir os problemas que irritaram Loeb e Al-Attiyah no Dakar deste ano. O piloto do Qatar abandonou o rally dizendo que não voltaria a comandar o Hunter – o plano inicial é fazer todo o W2RC com o modelo. Vice-campeão, o francês pegou mais leve no tom das críticas, mas disse que seria preciso trabalhar muito para solucionar as falhas na suspensão – a quebra de um braço traseiro tirou suas chances de vitória -; e os furos de pneu constantes.

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