Acidente assustador na MotoGP rende polêmica e discussão

O toque a mais de 310 quilômetros por hora entre Johann Zarco (Avintia Ducati) e Franco Morbidelli (Petronas SRT Yamaha) na nona volta do GP da Áustria, domingo, no Red Bull Ring, felizmente trouxe mais danos materiais do que físicos. Mas um dos acidentes mais impressionantes dos últimos anos no Mundial de MotoGP provocou muita discussão e polêmica.

A ponto de se buscar levantar culpas e responsabilidades. A imprensa italiana adotou uma postura crítica em relação ao francês, conhecido pelo estilo agressivo. Na semana anterior, em Brno, ele acabou punido pela direção de prova após um toque em Pol Espargaró (KTM). Ainda assim, conquistou seu primeiro pódio em mais de dois anos.

“Achei que era a sombra do helicóptero, que costuma nos sobrevoar, depois me dei conta de que eram a moto de Franco e os destroços. Tivemos muita sorte. A essas velocidades é necessário ter atenção redobrada. Johann veio conversar comigo e disse que moveu a moto para frear e foi puxado pelo vácuo da moto de Franco”, explicou Valentino Rossi, que viu a M1 #21 descontrolada passar a centímetros da sua.

“Tentei passar Morbidelli, estava freando, talvez porque tenha me deslocado para a direita ele tenha se surpreendido, e quando nos tocamos não havia o que fazer. Tive medo durante a queda com as motos voando”, felizmente não nos ferimos com gravidade e ninguém mais se machucou, explicou Zarco. Ao levantar na caixa de brita, ele foi até o italiano para ampará-lo.

Morbidelli não se mostra convencido de que se tratou de um choque inevitável. “Sempre se fala que é um incidente de corrida, mas a 310km/h. Alguém deve pagar pelos seus erros. Não quero considerar a intenção, mas a ação”, disse, em resposta a comentários nas suas redes sociais.

Mudanças

Cal Crutchlow (LCR Honda) disse ter visto as imagens apenas depois do término da segunda parte da corrida. Para o britânico, foi um incidente de corrida, que deve trazer lições para a etapa do próximo domingo, no mesmo traçado. Mesma opinião de Miguel Oliveira (Tech3 KTM) e de Danilo Petrucci (Mission Winnow Ducati), que vai além. “Chegamos a uma velocidade muito alta naquele ponto e precisamos frear forte, com a possibilidade de atingir alguém que venha na trajetória. É preciso fazer alguma modificação naquele ponto para que não volte a acontecer”.

A curva 2 do Red Bull Ring, ao fim de uma longa reta em subida, acaba proporcionando um risco maior para as duas rodas. Como a área de escape no ponto de frenagem segue até o ponto em que os pilotos já viraram à direita, há sempre a possibilidade de que uma moto (ou carro) descontrolada atinja quem inicia o longo trecho em descida.

Confira no link as imagens do acidente por todos os ângulos: motogp.com/en/videos/2020/08/16/every-angle-from-one-of-the-most-petrifying-motogp-crashes/339613

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