Binotto fora da Ferrari. Agora é oficial
O que chegou a ser desmentido pela Ferrari se confirmou nesta terça-feira (29): Mattia Binotto deixa não só o posto de Team Principal da Scuderia como dá adeus a ela após quase três décadas de trabalho. E de uma forma constrangedora para um profissional que construiu sua carreira em Maranello. Para evitar desgaste ainda maior, o dirigente foi convencido a apresentar uma carta de demissão, aceita pelo comando da fabricante de esportivos.
“Com o desagrado que isso provoca, decidi concluir minha colaboração com a Ferrari. Deixo uma empresa que amo, da qual fui parte por 28 anos, com a serenidade de ter feito todo o esforço para alcançar os objetivos previstos. Deixo uma equipe unida e em crescimento. Uma equipe forte e pronta, estou certo disso, para alcançar os melhores resultados e à qual desejo todo o bem para o futuro. Creio que seja justo dar este passo, ainda que para mim tenha sido uma decisão difícil. Agradeço a todos na Gestione Sportiva que dividiram comigo essa trajetória, feita de dificuldades, mas também de grandes satisfações”, disse o agora ex-dirigente ferrarista.
O hoje CEO da Ferrari Benedetto Vigna deixa claro em sua declaração que Binotto fez o que se esperava, reforçando a teoria de que as diferenças entre o homem-forte da F-1 e o presidente John Elkann levaram à ruptura. “Desejo agradecer a Mattia por sua contribuição e, particularmente, pelo comando que nos tornou novamente competitivos na temporada passada. Graças a isso, estamos em posição de força para renovar o empenho em vencer a principal categoria do automobilismo”.
Substituto
O comunicado oficial fala no ‘início de um processo para identificar o novo Team Principal que deve ser concluído no novo ano’. Ao que tudo indica, discurso de circunstância para confirmar o francês Frederic Vasseur, proprietário da ART GP e hoje no comando da Alfa Romeo. Uma eventual demora no anúncio pode aumentar as tensões internas e o clima de incerteza em um momento decisivo do desenvolvimento do carro 2023.
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