Energica Ego Corsa: conheça a nova máquina de Eric Granado

Quando Eric Granado comentou, ao falar de seu novo desafio para 2019, que precisaria adaptar seu estilo de pilotagem, não estava falando de detalhes, mas praticamente de começar do zero. Ele e os demais 17 pilotos que, no ano que vem, encaram a primeira edição da Copa do Mundo FIM de MotoE, a categoria destinada a modelos elétricos que se juntará ao Mundial de MotoGP em cinco corridas europeias – o brasileiro vai defender a Reale Avintia Racing, como você confere AQUI.

Afinal, estamos falando de uma máquina cujo visual e boa parte dos componentes são familiares às pistas, mas o coração não. Seguindo o exemplo da Fórmula E nas quatro rodas e de olho no crescimento das energias alternativas, a Dorna aposta num propulsor silencioso, diferente, mas com potencial para se aproximar dos números da Moto2.

Com sede em Modena, na Itália (a mesma região da Ferrari), a Energica é a fabricante de maior crescimento entre as elétricas, com três modelos diferentes, entre eles a esportiva Ego. Ela serviu de base para o desenvolvimento do modelo Ego Corsa, que será comum a todas as equipes, a começar pelo quadro em treliça tubular de aço, que abraça o motor sincrônico refrigerado a óleo e alimentado por baterias de ions de lítio. Um conjunto capaz de levá-la a mais que razoáveis 270 km/h de velocidade final, despejando 160 cavalos na roda traseira, sem embreagem ou câmbio (aí está o principal desafio para quem está acostumado a se valer das mudanças de marcha constantes e do manete normalmente da esquerda para segurar a frente e evitar a perda de controle da dianteira).

Em relação ao modelo de produção, a Ego Corsa recebeu um garfo dianteiro Ohlins de pista, assim como os freios radiais Brembo (com regeneração de parte do calor dissipado em energia extra). Por causa das dimensões do motor, o amortecedor traseiro é deslocado para o lado direito da moto.  As formas da carenagem, tanque e rabeta foram aprimoradas no túnel de vento, além do uso de materiais mais leves. Para não comprometer o desempenho, as corridas terão, de início, duração curta (entre 7 e 10 voltas, de acordo com o circuito). Além da Reale Avintia, que também contará com o belga Xavier Simeon, Tech3, LCR, Pramac, Angel Nieto, Gresini (com dois pilotos cada); Pons, Dynavolt Intact GP, SIC 58, Ajo Motorsport, Marc VDS e SIC (Sepang) Racing Team (um piloto cada) vão compor o grid inicial da categoria. Também confirmado no grid está o suíço Jesko Raffin, atualmente na Moto2.

O trabalho de desenvolvimento prossegue com o piloto de testes Alessandro Brannetti e a colaboração valiosa de Loris Capirossi. Entre os dias 23 e 25 de novembro, os times terão o primeiro contato com as máquinas em Jerez de la Frontera, quando a categoria inicia oficialmente sua preparação.

De quebra, o Racemotor traz um vídeo com a demonstração da Ego Corsa em Sachsenring, um dos cinco circuitos escolhidos para a primeira temporada da competição, ao lado de Jerez, Assen, Le Mans e Misano.

 

 

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