Fim de uma era na MotoGP: Valentino Rossi anuncia aposentadoria

Valentino Rossi se despede do Mundial de MotoGP no fim da temporada 2021. Apesar dos rumores de que poderia permanecer no campeonato por mais um ano (inclusive em seu próprio time, o Aramco VR46 Ducati, o piloto de Tavulia confirmou nesta quinta-feira que encerra sua carreira de 25 anos no Continental Circus, com números e desempenho que o colocam entre os gigantes da motovelocidade. São nove títulos (sete deles nas 500cc/MotoGP); 115 vitórias, 65 poles e 235 pódios. E um estilo dentro e fora da pista que o transformou em ídolo global. Com direito às comemorações divertidas e tão espetaculares quanto sua performance sobre a moto.

Filho do também piloto do Mundial Graziano Rossi, Valentino deixou de lado o kart dos primeiros anos para se concentrar nas duas rodas. Fez sua primeira temporada completa no Mundial em 1996 (125cc, com a Aprilia) e, já no ano seguinte, conquistou o primeiro dos nove títulos. Com 11 vitórias numa categoria marcada pelo equilíbrio e pelas diferenças na casa dos milésimos de segundo. Novo salto em 1998, sempre com a Aprilia e, de cara, o vice-campeonato. Com mais um título em 1999. A chegada às 500cc em 2000 repetiu o script: vice com a Honda NSR. E novamente um título na segunda temporada.

Foram cinco conquistas consecutivas – as de 2004 e 2005 já pela Yamaha. Garantiu o título em 2002 no saudoso circuito de Jacarepaguá, no Rio. Voltou a vencer em 2008 e 2009 com a moto azul, antes de se transferir para a Ducati. O sonho de um título 100% italiano não se concretizou e, de volta à Yamaha, o duelo com o companheiro de equipe Jorge Lorenzo se tornou histórico. A última vitória veio em 2017 e o pódio ano passado. Nesta temporada, deu lugar a Fabio Quartararo na equipe oficial de Iwata e passou a pilotar a YZR M1 do Team Petronas SRT. Com dificuldades de acerto e normalmente nas últimas filas do grid, Valentino é apenas o 19º na classificação.

“Decidi parar no fim da temporada. Infelizmente essa será minha última metade de campeonato como piloto. Esperei pela primeira parte do ano para entender que era a coisa a fazer. É um momento muito triste. Ando de moto há pelo menos 30 anos e minha vida vai mudar. Foi muito bom, uma longa jornada em que me diverti, tive momentos inesquecíveis. Fico feliz por ter feito tantas pessoas se aproximarem do motociclismo. Mas no esporte os resultados falam, e acredito que foi a decisão certa”, resumiu o Doutor, ao anunciar sua aposentadoria no Red Bull Ring. Ele confirmou ter recebido um convite dos patrocinadores de sua própria equipe para seguir, mas preferiu pensar como proprietário. “Eu teria que mudar novamente de moto; estamos montando uma nova estrutura, é algo para médio e longo prazo, não faria sentido por mais um ano”.

Com 42 anos, Rossi pretende agora se divertir sobre quatro rodas – já disputou etapas do Mundial de Rally (WRC); provas de endurance e teve a chance de testar pela Ferrari na F-1. “Quero um dia disputar as 24h de Le Mans. Quanto ao resto, ainda vou pensar com calma”.

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