Fórmula E chega ao Brasil. Hora do E-Prix de São Paulo

São Paulo – Foram oito temporadas e algumas tentativas frustradas até que finalmente o Brasil fosse eletrificado pela Fórmula E. Nesta sexta-feira (24), o circuito de 2.960 metros montado no Sambódromo e na Avenida Olavo Fontoura (Anhembi) recebe os carros pela primeira vez, abrindo a programação do E-Prix de São Paulo, sexta prova do Mundial ABB FIA. Inicialmente com o shakedown de 15 minutos (14h30), seguido pelo treino livre de 30 minutos (16h30).

Com 11 curvas, o traçado paulistano confirma uma mudança de orientação da categoria elétrica, que passa a apostar em pistas mais velozes, nas quais os novos carros Gen3 podem mostrar toda a sua força – são 50kg mais leves que os antecessores e, com 350kW de potência máxima, superam os 320km/h de velocidade máxima. O que poderá ser visto na reta do Sambódromo (largada e chegada), a maior do calendário. São Paulo é a terceira nova parada da categoria elétrica em sequência, após Hyderabad (Índia) e Cidade do Cabo (África do Sul).

O domínio neste começo de campeonato é das unidades de potência Porsche, com quatro vitórias: Jake Dennis, da Andretti (México); Pascal Wehrlein (as duas de Diriyah) e Antonio Félix da Costa (Cidade do Cabo) – os dois do time oficial Tag Heuer Porsche. Apenas o bicampeão Jean-Eric Vergne (DS Penske) interrompeu o domínio alemão em Hyderabad. Na ABT Cupra, Robin Frinjs volta após se recuperar das fraturas sofridas na etapa mexicana. O time alemão reviu o sistema de suspensão traseira depois da fragilidade que impediu a participação na Cidade do Cabo.

Em casa

Para os dois representantes brasileiros no grid, o E-Prix de sábado (25) é uma oportunidade inédita. Lucas di Grassi (Mahindra) se envolveu com a Fórmula E antes mesmo de seu lançamento, como piloto de testes e só agora tem a chance de acelerar em sua cidade natal. “Foi uma década de trabalho para chegar aqui. Será uma honra correr onde eu nasci, diante da torcida brasileira”. Para o campeão de 2016/2017, o desafio é lidar com a performance limitada do carro do time indiano neste início de temporada. Ele foi ao pódio no México graças à defesa aguerrida da posição, mas desde então não pontuou.

Já Sérgio Sette Câmara (NIO333) pontuou em Hyderabad com um quinto lugar, ajudado pela evolução do time chinês. O mineiro também conseguiu se ajustar às mudanças provocadas pela frenagem traseira ‘brake by wire’, o que deu trabalho a vários pilotos no começo do campeonato.

“Estou muito feliz em correr no Brasil pela primeira vez desde que me profissionalizei no automobilismo. A pista é muito interessante. A reta principal é bem longa e vai proporcionar muitas oportunidades de ultrapassagem. Andei nela no simulador e gostei bastante”. Filho do ex-presidente do Atlético de mesmo nome, o piloto de Belo Horizonte correrá com um capacete homenageando o clube do coração e a Arena MRV, nova casa alvinegra, com inauguração nos próximos meses.

O Racemotor está em São Paulo e mostrará em detalhes o E-Prix deste fim de semana.

Siga o Racemotor no:

Threads

Instagram

Facebook

X

Você também pode gostar
Deixe seu comentário

Este site utiliza cookies para aprimorar sua experiência. Clique em Aceitar se concordar. Aceitar Leia mais