Hamilton vence em Silverstone, com sorte de campeão
Liderança confortável por 51 das 52 voltas. E, mais do que nunca, a certeza de que as corridas só terminam na bandeirada. Numa pista que tradicionalmente exige dos pneus, Lewis Hamilton chegou à sétima vitória no GP da Grã-Bretanha (87ª no Mundial de F1) com o dianteiro esquerdo totalmente destruído, se arrastando com a Mercedes #44 até a linha de chegada. Teve mais sorte do que o companheiro Valtteri Bottas e que Carlos Sainz (McLaren), com problema semelhante. E viu a situação no campeonato ficar ainda mais tranquila.
O problema nos pneus acabou favorecido pela segunda entrada do safety car, na 13ª volta. Provocada pelo forte acidente com Daniil Kvyat e a AlphaTauri na curva Becketts. O russo admitiu ter se distraído ao mudar uma função no volante, o suficiente para ir além da zebra e perder o controle do carro. Com a neutralização, as equipes aproveitaram para fazer a troca prevista de macios/médios para os duros (brancos).
Mais cedo, o carro de segurança já havia comandado o pelotão, depois do toque de Alexander Albon (Red Bull) em Kevin Magnussen (Haas), na entrada da reta dos boxes – o tailandês foi considerado culpado e punido com cinco segundos.
Na ponta, Hamilton e Bottas trocavam voltas mais rápidas, com a diferença entre 1s7 e 2s5. Verstappen vinha em terceiro sozinho, mesmo caso de Charles Leclerc, em quarto. A disputa vinha em seguida, com as McLarens, Renaults e a Racing Point de Lance Stroll – Nico Hulkenberg sequer conseguiu largar, com o problema na unidade de potência do #27. Os comissários de prova tiveram trabalho com as tentativas robustas de defesa de posição – vários pilotos foram advertidos com a bandeira branca e preta.
O que parecia mais uma dobradinha tranquila da Mercedes começou a se desfazer na penúltima volta, com Bottas e o dianteiro esquerdo dechapado. Pouco antes, a Red Bull chamou Max Verstappen para trocar os pneus pelos macios, em busca do ponto da melhor volta. O que acabou decidindo o resultado. O holandês voltou à pista a 29 segundos do líder e, mesmo alertado do problema do #44, não teve tempo suficiente para assumir a liderança. Leclerc herdou o terceiro degrau do pódio.
O piloto do #77 ainda tentou atacar Sebastian Vettel pelo último ponto, mas o alemão, num fim de semana desatroso do #5, conseguiu manter a P10. Com Sainz pelo caminho, a Renault acabou levando a melhor na luta com a McLaren – Daniel Ricciardo salvou um quarto lugar, seguido por Lando Norris.

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