Honda CBR1000RR-R revela as ‘entranhas’ no paddock de Jerez
Em qualquer competição no esporte motor o segredo entre fabricantes é a alma do negócio. Por isso mesmo, surpreendeu a decisão da Honda de permitir que os olhares atentos registrassem os segredos de sua mais nova máquina: a CBR1000RR-R. O modelo é a mais nova aposta da casa das ‘asas da liberdade’ e marca uma mudança de paradigma. Ele foi fotografado sem disfarces no paddock de Jerez de la Frontera pelas próprias lentes do Mundial de Superbikes.
Até agora, os japoneses optavam por esportivas mais amigáveis, o que era bom para o motociclista, mas não para brigar por vitórias e títulos. Com a ‘triplo R’, finalmente desenvolveram uma moto exclusiva, para pouquíssimos braços; geometria, suspensões e motor pensados para os circuitos, mais até do que as estradas. Caminho seguido pela rival Ducati, com sua Panigale V4.
É bem verdade que a regulamentação do WSBK vincula a moto ao modelo de produção em termos de quadro, motor e dimensões mas, ainda assim, há muito a explorar, especialmente em termos de suspensão, eletrônica e ciclística. Entre os componentes ‘personalizados’, as suspensões Ohlins; o sistema de freios Brembo, os escapamentos Akrapovic em titânio e as rodas OZ Racing. Tudo para favorecer a distribuição de peso e a entrega de potência e torque na medida certa do estilo dos pilotos (especialmente os oficiais Alvaro Bautista e Leon Haslam).
Se a engenharia do HRC certamente ainda tem alguns coelhos escondidos na cartola, a CBR1000RR-R mostrou, no primeiro confronto com a concorrência, que chega pelo menos no nível das rivais. O resto é com o desenvolvimento. E o cronômetro.


Siga o Racemotor no: