Japão fora, e Chile dentro do Mundial de Rally 2019

A sexta-feira de feriado no Brasil foi dia de reunião do Conselho Mundial de Esporte Motor da FIA, ocasião para discutir, definir e homologar calendários e ajustes nas regras dos principais campeonatos supervisionados pela entidade máxima do automobilismo. E no caso do Mundial de Rally, a principal notícia é positiva para a América do Sul, além de até certo ponto surpreendente: o Chile foi confirmado como palco da sexta etapa do WRC 2019, de 10 a 12 de maio, na região de Concepción, em piso de terra. O contrato entre o WRC Promoter (empresa do grupo Red Bull) e os chilenos foi assinado pelos próximos três anos.

Surpreendente porque tudo indicava que chilenos e japoneses, que também pleiteavam um posto no calendário, seriam vítimas da preocupação das montadoras em reduzir custos. A ideia inicial era de manter 13 provas, como neste ano, sacrificando, se fosse o caso, uma das atuais para dar espaço a uma nova (no caso dos japoneses seria um retorno).

Pois a logística e a presença da Argentina como ponto fixo da competição acabaram pesando a favor dos chilenos, já que todo o material dos times seguirá de Córdoba para o país vizinho, sem a necessidade de transporte por navio ou do uso de estruturas diferentes. O WRC fará uma “rodada dupla” sul-americana. De acordo com Oliver Ciesla, CEO da WRC Promoter, não houve uma escolha entre chilenos e japoneses, mas apenas prevaleceu o que seria mais simples e menos oneroso para os participantes.

Por outro lado, a FIA decidiu banir o WRC3, que era o Mundial para os carros apenas com tração dianteira. Eles continuarão autorizados a participar das etapas, mas não concorrerão a título. Além disso, foi criada, entre os R5 (carros 4×4 turbo 1.6 com menor preparação que os WRC) uma sub-categoria específica para os times oficiais de fábrica, de modo a não prejudicar a participação das equipes privadas ou de importadores.

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