Joan Mir fala do desafio de defender a Honda na MotoGP

A equipe oficial Repsol Honda volta a contar este ano com dois campeões mundiais de MotoGP em seu box – a última vez havia sido em 2019, com Marc Marquez e Jorge Lorenzo. Joan Mir chega ao time da marca japonesa trazendo na bagagem a coroa de 2020, conquistada com apenas uma vitória. Vindo da Suzuki, que deixou a categoria máxima da motovelocidade, o catalão terá pela frente dois desafios.

O primeiro é o de integrar uma estrutura que, há uma década, tem Marquez como o foco (o que valeu seis títulos ao piloto de Cervera). Seus compatriotas Lorenzo e Pol Espargaro não conseguiram os bons resultados imaginados e, quando MM93 ficou fora (de todo o 2020 e do começo de 2021), a queda de desempenho do time foi acentuada.

Além disso, será preciso lidar com uma moto que não atendeu às expectativas. No ano passado a RC213V foi totalmente redesenhada para recuperar a competitividade diante de Ducati e Yamaha. A preocupação ao longo do projeto foi criar uma máquina que não servisse apenas à pilotagem única de Marquez. O ‘Formiga Atômica’ ainda conseguiu uma pole e alguns pódios, mas o equipamento deixou bastante a desejar.

“Tenho que ser realista: estou chegando em um momento difícil. A chave será me adaptar rapidamente à moto; ganhar confiança e velocidade ao longo das primeiras provas. Aí, a partir do meio do ano, me aproximar da briga pelo pódio e lutar por grandes resultados”, diz Mir. Ele troca o motor quatro em linha da Suzuki pelo V4 da Honda – na teoria, melhor nas retas, mas menos eficiente em curvas e trechos lentos.

MM93

O espanhol diz que ter Marquez como companheiro é uma situação com dois lados. “Ele é o melhor piloto do grid. O que é bom porque posso ter acesso aos seus dados e aprender muito. Mas se você não rende o esperado, sempre tem um rival duro do outro lado da garagem”. Os testes após o GP de Valencia – sua estreia na Honda com o #42 –; permitiram a Mir entender bem os diferenciais do novo companheiro.

“Pude fazer algumas voltas próximo dele e ver sua telemetria. Marc sabe perfeitamente como a moto trabalha. Ele é capaz de pilotar fazendo o que a moto pede: chegar realmente rápido a uma curva; o que é mais rápido do que nas motos que pilotei antes. E a entrega de potência é diferente do que estou acostumado. Tenho que me adaptar a algo que ele faz extremamente bem”.

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