Kimi Raikkonen confirma aposentadoria da F-1 no fim da temporada

Agora é oficial. Em meio aos vários rumores de mudanças em Mercedes, Alfa Romeo e Williams para a F-1 2022, uma das principais peças do quebra-cabeças anunciou seu destino. Kimi Raikkonen revelou, em suas redes sociais, que se aposenta definitivamente da categoria no GP da Arábia Saudita, que fechará a temporada. Chegará ao fim a trajetória de maior longevidade no circo: 19 temporadas e 341 GPs. E pelo título mundial de 2007, quando levou a melhor sobre Lewis Hamilton e Fernando Alonso.

“É isso. Esta será minha última temporada na F-1. Uma decisão tomada no último inverno. E não foi uma decisão fácil, mas de agora em diante é tempo de coisas novas. Quero agradecer minha família, minhas equipes, a todos os envolvidos na minha carreira e especialmente aos fãs, que me apoiaram todo esse tempo. A F-1 pode chegar ao fim para mim, mas há várias outras coisas na vida que eu gostaria de viver e aproveitar. Vejo vocês por aí”, disse o comunicado do ‘Homem de Gelo’.

Nascido em Espoo, Kimi Matias Raikkonen chegou à F-1 em 2001 pela Sauber, vindo diretamente da F-Renault. Correu de início com uma Superlicença provisória, que seria renovada caso mostrasse capacidade para tal. O estilo agressivo (as vezes em excesso) logo chamou a atenção, com dois quartos lugares na temporada de estreia. Já no ano seguinte estava na McLaren, pela qual conquistou a primeira das 21 vitórias. Em 2003, duelou com Michael Schumacher pelo título e, quatro anos depois, foi contratado pela Ferrari quando o alemão se afastou pela primeira vez da categoria. De cara, conquistou o campeonato, com seis vitórias. No ano seguinte, ao lado de Felipe Massa, ajudou a Scuderia a garantir o título nos Construtores.

Rally e Nascar

Com a necessidade de abrir espaço para Fernando Alonso no time de Maranello, Kimi deixou a categoria ao fim de 2009. Manteve os salários previstos no contrato e passou a disputar provas do WRC, o Mundial de Rally. Defendeu oficialmente a Citroen, em seu Junior Team e conseguiu um quinto lugar na Turquia 2010 como melhor resultado. Também teve a própria equipe (ICE1). Paralelamente, disputou etapas da Nascar Camping World Truck Series pela equipe de Kyle Busch.

Retornou à F-1 em 2012 pela Lotus (hoje Alpine) e já naquele ano venceu mais uma vez (Abu Dhabi). Em 2014, um retorno surpreendente para a Ferrari, com um papel de escudeiro de Sebastian Vettel – venceu nos EUA, em 2018. Em 2019 se mudou para a Sauber, hoje Alfa Romeo.

Futuro

A declaração de Raikkonen dá margem a várias possibilidades. Como os retornos à Nascar e aos rallies. Ou mesmo um novo desafio no Mundial de Endurance (WEC), até mesmo com a Ferrari, que alinhará seu hypercar em 2023. Kimi ganhou carisma junto ao público pelo jeito único, de poucas palavras, monossílabos (o ‘Bwoah’, como apelidaram os tifosi e reações totalmente contidas. Com espaço para a inesquecível frase direcionada por rádio ao engenheiro: ‘me deixe em paz, eu sei o que estou fazendo’.

https://twitter.com/F1/status/1433124745860370433

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