Matt diBenedetto: sem emprego e a um passo do victory lane em Bristol
“Foi uma semana dura, difícil, e só tenho a agradecer a todos que permaneceram do meu lado. Em algum momento as coisas vão clarear. Estou aqui para vencer, e só posso agradecer ao time, aos rapazes, que me fizeram chegar a essa condição”. Palavras de quem conseguiu enxergar o copo meio cheio diante do que poderia ser uma grande decepção.
Matt diBenedetto ficou a pouco mais de meio segundo da primeira vitória na Nascar Monster Energy Cup Series e justamente numa das pistas mais tradicionais do calendário. No oval de 0.8 milha de Bristol, com seu piso em concreto, ele liderava até a volta 489 das 500, quando acabou superado por Denny Hamlin (Toyota Camry/Joe Gibbs). A mesma equipe que o fará perder o posto na modesta Leavine Family Racing (LFR) em 2020 – deve acomodar seu protegido Christopher Bell na estrutura.
Versatilidade
Difícil acreditar que não haverá espaço em nenhum time da categoria para um talento cada vez mais cristalino. Em Daytona, Matt D aparecia no primeiro pelotão com boa chance de lutar pela vitória nas 500 Milhas, até ser colhido em um Big One. Desde então, foram três Top 5, numa temporada em que, cada vez mais, o fosso entre os grandes times e as estruturas familiares se aprofunda.
Com 28 anos e cinco temporadas na MENCS, o californiano tem feito bonito no carro que, ano passado, era de Kasey Kahne. Além de tudo, mostrou sua versatilidade. Nos dois mistos do calendário (Sonoma e Watkins Glen), foi, respectivamente, quarto e sexto. Conseguiu um Top 10 na segunda visita a Daytona e agora seu melhor resultado em Bristol.
Por enquanto, as principais possibilidades estão em equipes sem a franquia. E, ainda assim, na dependência do apoio de patrocinadores, que nem sempre optam pelo talento. Outra possibilidade é do ‘rebaixamento’ à Xfinity, o que seria um desperdício. Hamlin chegou a pedir desculpas pelo sonho frustrado, feras como Jeff Gordon fizeram questão de levar seu abraço. Se os contos de fadas são cada vez mais raros na Nascar, a torcida geral é por um final feliz para 2020.
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