Mercedes conclui testes da F1 em Barcelona como mais rápida e resistente
Primeira metade da pré-temporada do Mundial de F1 em Barcelona encerrada, com uma cor conhecida dominando a cena. O prateado (agora com um tom de vinho do patrocinador Ineos) da Mercedes-AMG. A equipe de Brackley não se preocupou em esconder o jogo ao longo dos três dias, tanto que tornou público o DAS, sistema que foi o assunto central no circo. E, nessa sexta-feira (21), procurou trabalhar em condições de qualificação, com Valtteri Bottas registrando 1min15s732. Tempo ainda superior à pole conquistada pelo finlandês no GP da Espanha de 2019, mas 1s5 mais rápido que o melhor registro da concorrência. O 1min17s091 de Kimi Räikkönen, com a Alfa Romeo.
Tanto, ou mais importante que a resposta do cronômetro é o total de voltas percorridas (e a respectiva distância). Bem verdade que as atuais unidades de potência trazem poucas novidades em relação à temporada passada, mas sempre há a questão da refrigeração, do posicionamento dos componentes e o efeito de novos combustíveis e lubrificantes.
As Flechas de Prata conseguiram liderar também essa classificação. Juntos, Bottas e Lewis Hamilton completaram 494 voltas, ou mais de sete GPs em Montmeló. Quem também superou a casa dos 2 mil quilômetros foi a Red Bull, que mostra a confiabilidade cada vez maior da unidade de potência da Honda. Em terceiro, empate entre McLaren e Alfa Romeo.
Ferrari atrás
A ex-Sauber foi uma das surpresas, por fazer melhor do que a própria Ferrari e a Haas, que também emprega motorização de Maranello. Uma bandeira vermelha por problemas no SF1000 encerrou mais cedo a sexta-feira de Sebastian Vettel. E o team principal Mattia Binotto fez questão de deixar claro que o desempenho do time reflete sua realidade de momento.

“Não estou otimista como no ano passado. No momento outros times são mais rápidos do que nós. O quanto ainda não é possível dizer, teremos que analisar os dados detalhadamente. Temos algumas preocupações, mas não é motivo para desespero. Há muito a trabalhar para desenvolver o carro, a temporada será longa”, define o dirigente.
Quem tem motivos para satisfação e alívio é a Williams, numa realidade totalmente distinta da vivida em 2019. Se ficou fora da primeira parte dos treinos devido a problemas na construção do FW42, o FW43 não só andou como completou 324 voltas, com tempos nada ridículos. A Haas acabou sendo a lanterninha em voltas percorridas, tanto por acidentes – Kevin Magnussen bateu em sua quinta volta do dia –, quanto pela mecânica.

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