Mercedes na frente, Williams surpreendente e novidades no primeiro dia da F1
Único carro a andar abaixo de 1min17, com pneus médios; dono das duas primeiras posições e do maior número de voltas completadas. O Mercedes-AMG W11 foi o destaque do primeiro dia da pré-temporada da F1 em Barcelona, sem a preocupação de mostrar seu verdadeiro potencial. Num cenário em que é difícil estabelecer comparação entre a realidade das equipes, a absurda confiabilidade da mais nova criação de James Allison (chassi e aerodinâmica) e Andy Cowell (motor) é o principal recado à concorrência. Mais até do que o 1min16s976 de Lewis Hamilton, à frente de Valtteri Bottas.
Os tempos, aliás caíram bastante em relação aos registrados nos primeiros quatro dias de trabalho do ano passado. Não só a dupla das Flechas de Prata como Sergio Perez e a Racing Point RP20 andaram mais rápido que o 1min17s373 de Nico Hulkenberg e a Renault em 2019. Com o detalhe de que a marca do alemão foi registrada com pneus hipermacios (C5). Desta vez, ao menos por enquanto, foram usados apenas o C2 e o C3.
Bico copiado
A Racing Point, aliás, foi um dos times que mostraram novidades em relação à apresentação estática dos carros. Se na Áustria o RP20 aparecia com um bico ‘convencional’ e semelhante ao da Haas e da Williams, em Montmeló Perez e Lance Stroll andaram com um componente fortemente inspirado no da Mercedes. Não é, aliás, a única solução técnica que lembra as adotadas pelo carro campeão mundial. Outra que aposta no bico mais fino é a Renault, com seu RS20.

Max Verstappen e a Red Bull RB16-Honda completaram 168 voltas (a dupla da Mercedes 173) e o holandês se mostrou animado com a nova máquina. “Ela é mais rápida em todos os pontos da pista, o que é muito positivo. E também confiável”.
A Ferrari acabou mudando a programação original diante da forte gripe que indispôs Sebastian Vettel. Charles Leclerc foi o primeiro a andar com a SF1000 e deixou claro que o objetivo do dia era ‘conhecer o carro e suas possibilidades’, com prioridade para a coleta de dados. Por isso, a 11ª posição do dia não foi motivo de preocupação.

Com a Alfa Romeo, em decoração definitiva, discreta em termos de tempos, a surpresa positiva da quarta-feira foi o desempenho da Williams. Se ano passado sequer conseguiu ter o carro pronto para a primeira metade dos treinos, o time de Grove mostrou um FW43 bastante sólido. Capaz de completar o equivalente a quase dois GPs e com George Russell a 1s1 de Hamilton, mesmo com os pneus C3.
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