Robert Kubica ansioso e pronto para reestreia na F-1

Aquele dia sombrio de fevereiro de 2011, quando por pouco algo ainda mais sério aconteceu, é passado. Desde então, superada a lenta e difícil recuperação, ele deu mostras de ser o piloto talentoso e competitivo de sempre, com direito a um título mundial de rally (na categoria WRC2) para o currículo. Mas Robert Kubica nunca escondeu que gostaria de apagar o tempo e continuar o que estava previsto para a temporada de oito anos atrás. Na ocasião, iria para mais um ano na Lotus e namorava com a Ferrari.

Agora o piloto de Cracóvia, aos 34 anos, tem a chance esperada. E embora saiba que as dificuldades financeiras da Williams podem limitar seu desempenho, não vê a hora de chegar a Melbourne, como revelou em entrevista ao site oficial da Fórmula 1. No mesmo texto, figuras como o médico italiano Ricardo Cecarelli, criador da Formula Medicine, primeira estrutura do mundo destinada exclusivamente ao treinamento de pilotos, atestaram que o polonês tem toda a força física e mental necessárias para ser competitivo. O especialista, que já trabalhava com o piloto antes do acidente no Rally Ronde di Andora, foi fundamental para sua recuperação.

Apesar das limitações no braço direito, Kubica disse não ter necessitado de muitas adaptações no cockpit para pilotar normalmente. “Apenas o posicionamento de alguns seletores e botões, nada mais. Nos ralis já acionava o câmbio com borboletas, então é algo comum”. Sobre o ritmo de corrida e a preparação, diz que nada substitui o tempo de pista. “Quanto mais você anda, mais automático e natural se torna, e a F-1 é uma categoria de detalhes, tenho certeza que a sequência de treinos e corridas me dará mais confiança”.

E quais seriam as expectativas para um ano de recomeço, em que o desempenho do FW42 é a grande incógnita. “Não sei se sou um piloto melhor hoje, mas estou mais experiente. Em 2010, vivi talvez meu melhor momento, era rápido e constante, e é essa sensação que quero sentir de novo. Sei que depende de trabalho, de superação, mas isso não me amedronta. Procurei aproveitar minha experiência como reserva ano passado para aprender o máximo possível sobre a nova F-1 e agora chegou a hora de buscar o mais alto nível, sem poupar nada. Vivi desafios maiores nos últimos oito anos, com certeza”.

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