O Conselho Municipal de Miami (que além das autoridades do Poder Executivo do Condado de Dade, onde se localiza a cidade, inclui órgãos de turismo e do Legislativo) aprovou por unanimidade uma resolução que autoriza o prefeito Francis Suarez a negociar acordo com a Liberty Media para a realização de um GP da Fórmula 1, a partir de 2019. Esse é o primeiro e mais importante passo para que a cidade da Flórida entre no calendário da categoria, com um circuito de rua traçado na região do Bayside, ao lado da American Airlines Arena, casa do Heat (NBA).
Embora ainda não tenha havido a confirmação oficial, tudo indica que a prova, prevista para outubro, seria a primeira de duas em solo norte-americano – ganharia o nome de GP dos Estados Unidos Leste, como era o caso com Watkins Glen, nos anos 1970, com a corrida no Circuito das Américas, em Austin (Texas) passando a se chamar GP dos Estados Unidos Oeste. Os donos dos direitos comerciais da F-1 ainda não se manifestaram sobre como ficaria o calendário (se com o recorde de 22 etapas) ou se uma das atuais deixaria a competição, hipótese mais remota.
Nas redes sociais, a prefeitura festejou a aprovação, enquanto Sean Bratches, homem do marketing da Liberty Media lembrou que é apenas o começo de um processo que exigirá entendimentos com o porto da cidade (que cederia parte da área do traçado), moradores e demais entidades representativas. Nada tão complicado a julgar pelo sucesso que duas outras categorias conseguiram com corridas na mesma região: a IMSA, na década de 1980, e a ChampCar (Indy), no começo dos anos 2000. Neste ano, um fan festival com apresentações dos carros, presença dos pilotos e exposição de máquinas históricas, além de shows musicais, vai ocorrer justamente na semana anterior à corrida no Texas.