Brasileiro de Enduro FIM consagra campeões em Patos de Minas

Quem duvidava do crescimento e da consolidação do Enduro FIM (velocidade) no país certamente reviu sua opinião diante do sucesso da temporada do Campeonato Brasileiro de 2018. Mais uma vez as fábricas participaram com times oficiais, equipamento de ponta e, ao lado dos nomes consagrados, jovens revelações mostram que a renovação segue a esperança de manter a tradição de fortes resultados internacionais também – no Mundial deste ano, o capixaba Bruno Crivilin, campeão nacional na Enduro GP e na E1 é um dos destaques da categoria EJ (Júnior).

Crivilin já tinha a taça assegurada por antecipação, mas fez questão de acelerar na última etapa do Brasileiro, em Patos de Minas. Uma prova marcada pelo forte calor, pela poeira e um traçado técnico composto por dois Enduro Testes e um Cross Teste, com 32 quilômetros de extensão, percorrido quatro vezes no sábado e três no domingo. A surpresa foi a primeira vitória na Enduro GP do mineiro Gabriel ‘Tomate’ Soares, com a Honda CRF450X. De volta de lesão, ele mostrou que Crivilin terá mais um forte rival pelo número 1 em 2019.

Confira o que disseram os campeões brasileiros e a classificação final da temporada:

Bruno Crivilin (categorias E1 e Enduro GP /equipe Orange BH KTM Racing) – “Desde 2014 um brasileiro não ganha a classificação geral do campeonato, que hoje é a Enduro GP. Fico muito feliz de ter trazido esse título de volta para o Brasil. Das sete provas válidas, eu ganhei seis, então foi um ano ótimo. A equipe Orange BH KTM Racing fez um trabalho incrível e está de parabéns. A combinação foi perfeita entre equipe, estrutura e piloto, e os resultados apareceram. É importante destacar ainda o apoio da família, namorada, amigos e de todos que sempre estão ao meu lado. Em cinco anos disputando o Brasileiro, conquistei quatro taças e quero mais em 2019”.

Vinícius Calafati (categoria E2 /equipe Orange BH KTM Racing) – “Depois de dois títulos na EJúnior, essa foi a minha primeira taça na categoria E2. Foi um ano muito bom, de bastante trabalho ao lado da equipe Orange BH KTM Racing, e o esforço foi recompensado. Senti que evoluí como piloto, soube atacar no momento certo e estou bastante feliz”.

Rômulo Bottrel (categoria E3 /equipe Yamaha O2 BH Racing) – “Foi o meu pentacampeonato brasileiro, no ano mais difícil da minha carreira. Machuquei o ombro no início da temporada e corri na raça, ou seja, foi bastante sofrido. Estou muito feliz e orgulhoso em entregar esse título para a Yamaha O2 BH Racing logo na temporada de estreia na equipe. Agora vou me dedicar totalmente ao tratamento do ombro para voltar bem em 2019”.

Tiago Wernersbach (categoria E4/equipe Honda Moto Litoral) – “O ano foi ótimo e muito competitivo. Tentei melhorar ao longo da temporada, treinei bastante e a moto também ajudou, já que virou o ano sem dar qualquer tipo de problema. Ser bicampeão da E4 é bom demais e pretendo defender o título no ano que vem. Quero agradecer a todos da equipe e aos patrocinadores, sem eles eu não estaria aqui”.

Patrik Capila (categoria EJúnior/equipe Yamaha O2 BH Racing) – “Vim do Motocross e comecei a competir no Enduro FIM há dois anos, sem dúvidas hoje é a modalidade que eu mais gosto. Sempre tive o sonho de ser campeão brasileiro, mas antes faltavam oportunidades e patrocinadores. A Yamaha O2 BH Racing me deu essa grande chance de fazer parte da equipe e, com muita luta e dedicação, o título veio. A moto ajudou muito, assim como todos os integrantes da equipe. Todos eles têm parte nessa vitória”.

Maiara Basso (categoria EFeminina/equipe Sacramento KTM Racing) – “Foi o meu primeiro ano no Brasileiro de Enduro FIM e gostei de participar. Treinei bastante para me adaptar a essa nova modalidade e estou muito feliz com o título, que é a minha sexta conquista nacional no motociclismo – contando as taças do Motocross e do Velocross”.

Nielsen Bueno (categoria E35/equipe Husqvarna) – “O meu quinto título veio e estou muito feliz. O ano foi de transição para uma equipe nova, a Husqvarna, e é um prazer representar a mesma marca que ganhei a minha primeira taça do Brasileiro, em 2008. Todo título é muito especial para mim e o ano foi incrível. Agradeço a todos da equipe pelo apoio e agora vamos comemorar muito”.   

Fernando de Carvalho (categoria E40) – “No início do ano, decidi competir no Brasileiro de Enduro FIM pela primeira vez e disse que ia ser campeão. Muita gente não acreditou, mas depois de muita luta e treino o título veio. Sou um piloto que compete com recursos privados, portanto o sentimento é espetacular, representa a pura paixão pelo esporte. Quero agradecer a todos que me apoiaram nessa jornada: o ‘fiel escudeiro’ Divino Lázaro, o Vinão, a minha irmã Renata Carvalho, que é a minha nutricionista, o treinador físico Rogério Braga e a Star Racer / Alpinestars, que forneceu os equipamentos para que eu andasse com segurança”.

Pélmio Simões (categoria E45/equipe Yamaha O2 BH Racing) – “Estava em busca do meu quarto título brasileiro e consegui, graças a Deus. Comecei o ano bem, com moto e equipe novas, e cheguei com uma boa vantagem para a etapa final. O trabalho da Yamaha O2 BH Racing foi fundamental para o resultado”.

Marcos Benvenutti (categoria E50/equipe Sócramento) – “Depois de 35 anos andando de moto, posso comemorar o meu primeiro título brasileiro. Nunca é tarde! Foi trabalhoso chegar até aqui, mas com a turma da Sócramento foi bastante divertido também. O nosso objetivo é fomentar o esporte sempre com segurança nas trilhas, estamos muito contentes com os resultados”.

Gabriel Bellaver (categoria EAmador/equipe Sócramento) – “Ando de moto há dois anos e meio e é a primeira vez que corro em todas as etapas do Brasileiro de Enduro FIM. Eu não imaginava ser campeão logo de cara e estou muito feliz. A equipe Sócramento deu muito apoio durante todo o ano”.

Resultados Finais – Campeonato Brasileiro de Enduro FIM 2018
Enduro GP
1 – Bruno Crivilin – 297 pontos
2 – Júlio Ferreira – 229 pontos
3 – Vinícius Calafati – 224 pontos
4 – Patrik Capila – 219 pontos
5 – Gustavo Pellin – 199 pontos

E1 
1 – Bruno Crivilin – 300 pontos
2 – Nicolás Rodriguez – 254 pontos
3 – Diego Colett – 152 pontos
4 – Gabriel Soares – 150 pontos
5 – Willian Palandi – 144 pontos

E2
1 – Vinícius Calafati – 270 pontos
2 – Júlio Ferreira – 266 pontos
3 – Gustavo Pellin – 246 pontos
4 – Victor Miranda – 208 pontos
5 – Mauricio Rizzon – 153 pontos

E3
1 – Rômulo Bottrel – 291 pontos
2 – Felipe Carlette – 264 pontos
3 – Felipe Legarrea – 245 pontos
4 – Rodrigo Corsi – 99 pontos
5 – Kilder Lopes – 96 pontos

E4
1 – Tiago Wernersbach – 282 pontos
2 – Anderson da Luz – 254 pontos
3 – Ronald Santi – 250 pontos
4 – Fernando Pereira – 217 pontos
5 – Marcos Souza – 189 pontos

EJúnior
1 – Patrik Capila – 297 pontos
2 – Willian Lauers – 263 pontos
3 – Vinícius de Sá – 246 pontos
4 – Vinícius Luis da Silva – 98 pontos
5 – Washington Pereira – 98 pontos

EFeminina
1 – Maiara Basso – 194 pontos
2 – Bárbara Neves – 178 pontos
3 – Marcely Cazadini – 106 pontos
4 – Tainá Aguiar – 76 pontos
5 – Livia Batistine – 64 pontos

E35
1 – Nielsen Bueno – 283 pontos
2 – Diogo Andrade – 233 pontos
3 – Anderson Vieira – 221 pontos
4 – Igor Reolon – 136 pontos
5 – Tiago Bellaver – 117 pontos

E40
1 – Fernando Teixeira de Carvalho – 259 pontos
2 – Adriano de Ávila – 254 pontos
3 – Sidnei Siquela – 141 pontos
4 – William Meneses – 136 pontos
5 – Fernando Spindler – 117 pontos

E45
1 – Pélmio Simões – 262 pontos
2 – Rodrigo Alcy – 250 pontos
3 – Maurício Fernandes – 232 pontos
4 – Laurindo Filho – 209 pontos
5 – Evandro Bozetti – 142 pontos

E50
1 – Marcos Benvenutti – 233 pontos
2 – Antonio de Abreu – 123 pontos
3 – Romeu Enrich – 103 pontos
4 – Milton Coelho – 76 pontos
5 – Sérgio Colett – 72 pontos

EAmador
1 – Gabriel Bellaver – 260 pontos
2 – Agenor dos Santos – 254 pontos
3 – Lucas Colombo – 208 pontos
4 – Roberto Theodoro – 205 pontos
5- Uiliam Brunetta – 125 pontos.

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