Depois de mais de três décadas acelerando, dono de uma coleção de títulos (27 nacionais) maior que a de fraturas e sustos, felizmente sem maior gravidade, um dos principais nomes da história recente do motocross brasileiro resolveu parar de competir. Aos 51 anos, o catarinense Milton Becker ainda mostra a técnica peculiar e um preparo físico de invejar adversários bem mais novos, mas a rotina de treinos e competições começou a pesar. E a despedida oficial de um guerreiro das pistas não poderia ser de outro modo que não com mais um troféu para a coleção: o de campeão catarinense de motocross na categoria MX5 (acima dos 50 anos), no fim de semana, em Indaial. Neste ano, ele já havia assegurado o Brasileiro na mesma faixa etária.
“Foi uma decisão difícil, ainda não acredito, mas estava na hora, espero me acostumar logo com a ideia. Gostaria de agradecer a todos que me acompanharam nessa jornada, minha família, amigos e patrocinadores, em especial a Pro Tork, que esteve comigo nos últimos 12 anos”,destacou Chumbinho, em referência ao patrocinador mais recente. Piloto oficial de Honda, Yamaha e Kawasaki, ele eternizou o #3 e marcou presença no Motocross das Nações e pontuando em etapas dos Mundiais de 250cc (atual MX1). O Racemotor deseja sucesso ao catarinense voador em seus projetos futuros.