A vez delas na Fórmula E: teste em Ad Diriyah terá forte participação feminina

Num momento em que a participação feminina no automobilismo está mais atual do que nunca e as iniciativas se multiplicam (embora nem sempre elogiadas, como a criação da W Series, um campeonato de monoposto só para elas, o que desagradou especialmente às próprias pilotos), a Fórmula E dá um passo importante, especialmente num país em que o direito feminino a dirigir foi conquistado apenas esse ano. Numa tentativa de mostrar ao mundo uma imagem mais progressiva, os organizadores da primeira etapa da temporada 2019/2020, nas ruas de Ad Diriyah, Arábia Saudita, se empenharam para que as equipes dessem chances às mulheres nos dois dias de testes após a corrida do dia 15.

E a confirmação da lista de inscritos (e inscritas) mostra que as representantes do sexo forte ou já poderiam ter vaga entre os titulares ou possuem potencial para acelerar na categoria num futuro próximo. A DS Techeetah, atual campeã, escalou a colombiana Tatiana Calderón, que vem de dois testes com a Sauber (o último deles em Fiorano, pista da Ferrari, com o carro 2012). A Mahindra aposta na experiente britânica Katherine Legge que, ano que vem, formará time com Bia Figueiredo para as 24h de Daytona, além de disputar toda a temporada da IMSA Weathertech com um  Acura NSX da Michael Shank Racing. A holandesa Beitske Visser, fortíssima no kart e ex-Renault World Series 3.5 foi a escolhida pela BMW Motorsport, enquanto a suíça Simona de Silvestro se juntará a Felipe Massa e Edoardo Mortara na Venturi. Mais jovem piloto a vencer um campeonato de GT (o Inglês), Jamie Chadwick faz sua estreia pela Nio. Anna al Qubaisi, atualmente na F-4, é a representante do mundo árabe (nasceu nos Emirados Árabes Unidos) e Carmen Jordá, integrante da comissão de Women in Motorsport da FIA vai ganhar chance na Nissan eDAMS. HWA Racelab e Geox Dragon ainda prometem revelar mais dois nomes. Uma iniciativa elogiável, até mesmo para que elas provem do que são capazes em condições de igualdade.