Acidente fatal marca a segunda etapa do Superbike Brasil, em Interlagos

Mais uma prova de motovelocidade em Interlagos termina em fatalidade. A segunda etapa do Superbike Brasil acabou marcada pelo acidente que vitimou o piloto Maurício Paludete, o Linguiça, de 43 anos, após a bandeirada da corrida das categorias Superbike 1.000cc Evo/Light/SuperStock, disputada com pista molhada. Após receber a bandeirada, ele acabou seguindo em linha reta e chocando-se com a mureta de proteção. Levado ao Hospital Grajaú com concussão cerebral, não resistiu aos ferimentos.

A organização do campeonato divulgou nota explicando as circunstâncias do atendimento e lamentando a morte de Paludete: “O SuperBike Brasil comunica, com muito pesar, que o piloto Mauricio Paludete, numeral 80, veio a óbito após não resistir às complicações sofridas neste domingo (14), depois de uma queda, em Interlagos (SP), durante a 2ª etapa do SuperBike Brasil 2019. O piloto, que competia na SuperBike Evolution, largou na 10ª posição e completou a prova na sexta colocação na geral. Logo após cruzar a bandeirada, ele caiu no S do Senna.

Mauricio Paludete foi prontamente atendido pela equipe médica e passou por todos os procedimentos de segurança do evento ainda em pista. O piloto foi removido e levado para o Hospital Grajaú, onde infelizmente veio a óbito.

O SuperBike Brasil envia sinceras condolências à família e lamenta profundamente a fatalidade.

Desejamos força aos parentes e amigos neste momento de tristeza, que é compartilhado por toda comunidade do evento”.

Trata-se do terceiro acidente fatal na competição em três anos. No ano passado, Rogério Munuera, da categoria Superbike 1.000 Light, perdeu a vida ao cair também no S do Senna. Em 2017, o mineiro Sérgio dos Santos (Superbike Escola) faleceu ao perder o controle de sua moto na entrada da reta oposta.

Apesar dos esforços da organização para garantir a segurança dos pilotos e dos riscos inerentes ao esporte, fica claro que é necessário agir de forma mais rigorosa para evitar novos acidentes trágicos. Por conta das exigências da Fórmula 1, as áreas de escape ao longo dos 4.309m do traçado são asfaltadas, o que, para as motos, não favorece a desaceleração. Além disso, traçados mais modernos contam com zonas mais largas de rolagem e, nos principais campeonatos (MotoGP/WSBK) é obrigatório o uso dos colchões de ar conhecidos como “Air fences” para evitar os impactos diretos nas barreiras de concreto ou metal.

Vale lembrar que, em 1992, Interlagos recebeu a etapa brasileira do Mundial de Motovelocidade (categorias 125cc, 250cc e 500cc), mas a pista só recebeu a homologação com a construção de uma chicane no fim da subida do Café, para diminuir o ritmo de um trecho velocíssimo. Desde então, por não atender as exigências atuais da MotoGP, não mais foi cogitada para sediar a competição.


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