Flagrantes técnicos da F-1 no Canadá: o assoalho da Haas e a evolução do motor Mercedes

O coração de um Fórmula 1, aquilo que normalmente está escondido sob a carenagem, é guardado dos olhos indiscretos da concorrência o máximo possível pelos times, especialmente quando traz soluções novas. Por outro lado, o que não falta no circo são olhares indiscretos prontos a aproveitar a mínima oportunidade – e às vezes elas acabaram aparecendo de modo até surpreendente. Pois a preparação para o GP do Canadá, domingo, no Circuito Gilles Villeneuve, em Montreal, trouxe a chance de observar um dos segredos da Haas que, mesmo com altos e baixos, segue na briga pelo quinto lugar entre os Construtores, à frente de Renault e Alfa Romeo.

Os espiões de plantão imortalizaram o assoalho do VF19 Ferrari, exibindo uma característica interessante, que mostra como cada centímetro permitido pelo regulamento é usado para gerar downforce e favorecer a passagem do fluxo de ar. Note como à frente das tomadas de ar laterais há seis peças triangulares paralelas, exatamente onde está a ‘boca’ da abertura para refrigeração. Trata-se de geradores de vórtices que evitam a separação do fluxo de ar e, com isso, aumentam a eficiência aerodinâmica da região sem gerar arrasto extra.

E logo adiante, onde estão os defletores, há inúmeras pequenas canaletas, imitando o que já acontece diante das rodas traseiras. Ar que, em boa parte, é o que acaba dissipado dos freios e, justamente por estar quente, conta com maior pressão.

E como o assunto é a técnica, outra novidade, essa menos escondida, é a evolução na unidade de potência da Mercedes. Inicialmente nos carros oficiais de Lewis Hamilton e Valtteri Bottas, a combinação entre o V6 turbo 1.600cc e os sistemas de recuperação de energia (MGU-H e MGU-K) supera, pela primeira vez no atual regulamento, a casa dos 1.000cv. Nunca é demais lembrar que estamos falando de componentes que precisam resistir à distância de pelo menos sete GPs, além de respeitar o fluxo máximo de combustível permitido e, por isso, não desenvolvem toda a potência disponível na teoria, caso não houvesse as restrições. De tirar o chapéu. Aliás, o boné vermelho do saudoso Niki Lauda…

Curtiu? Então siga o Racemotor nas redes sociais:
Facebook
Twitter
Instagram

Você também pode gostar
Deixe seu comentário

Este site utiliza cookies para aprimorar sua experiência. Clique em Aceitar se concordar. AceitarLeia mais