Brasileiros fazem balanço da participação no Rally Dakar
ProtorkAproveitamento de 100% para a representação brasileira no Dakar 2020, primeiro disputado na Arábia Saudita. Se a quantidade não foi a mesma de edições anteriores, na América do Sul, os dois veículos com o verde e o amarelo superaram superaram uma edição exigente e desgastante.
No caso do paranaense Antônio Lincoln Berrocal, uma missão nada fácil. Não bastasse o fato de ser o mais velho entre os inscritos nas motos (61 anos), a condição de piloto privado é um desafio a mais, sem poder contar com a estrutura dos times de fábrica. Mas a decepção pelo abandono em 2019, no Peru, deu lugar a uma emoção intensa. Não apenas os cinco mil quilômetros cronometrados e 11 etapas ficaram para trás, mas ainda por cima numa honrosa 67ª posição.
“Os últimos quilômetros foram tensos, havia muitas pedras e estava fácil cometer um erro tão perto do fim. Dentro do capacete só repetia ‘se concentra, se concentra, leva essa moto na ponta dos dedos. Consegui terminar bem, inteiro, não estou tão cansado. Deu tudo certo. Quero mandar um beijo para os amigos do Brasil, agradecer a pessoas do mundo inteiro que me incentivaram. E lembrar dos pioneiros, do Klever Kolberg, do André e do Jean Azevedo. Eles começaram com isso, eu os via de longe e sonhava em fazer o mesmo. Consegui agora, mais velho, mas está aí”, festejou.
Superação
Reinaldo Varela e Gustavo Gugelmin viram o problema da primeira etapa – sem o volante, foram obrigados a improvisar uma direção com ferramentas para o Can-Am Maverick – tirar a possibilidade do segundo título. Nem por isso baixaram os braços. Com muita garra e tendo de superar outros contratempos mecânicos, chegaram a Qiddiya na nona posição, com duas vitórias de etapa.
“Tivemos muitas dificuldades e problemas, que nos tiraram a chance de brigar pela ponta. Mostramos que seríamos competitivos e lutaríamos pela vitória na geral vencendo duas especiais. Acho que somando tudo, fomos até que muito bem”, definiu o piloto paulista.
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