Juju Noda: carro pode explicar ‘sumiço’ após treinos na F-4 em Road Atlanta

Mais rápida da primeira sessão de treinos em Road Atlanta (entre 29 carros) e, surpreendentemente, fora da qualificação e das corridas. A estreia de Juju Noda na F-4 norte-americana se transformou num grande mistério, que nem mesmo o comunicado divulgado pelo staff da japonesa ajudou a esclarecer. A nota falava em ‘acontecimentos recentes’ que justificariam a decisão de não participar do restante do fim de semana, apesar do ótimo resultado inicial.

O Racemotor resolveu aprofundar a história e conseguiu elementos que podem explicar a reviravolta. Jay Howard, ex-piloto da Indy e dono da equipe (JHDD) que alinha a piloto de 15 anos disse ter sido surpreendido, “Não tenho ideia do que aconteceu. Ela fez o treino e de repente eles decidiram não continuar. Muito estranho”.

Para um piloto que também estava no circuito da Geórgia e foi inclusive apresentado a Juju, é bem provável que o recuo tenha acontecido por causa do carro. Campeão da Trans-Am (TA2) em 2018 e com trajetória vitoriosa nas categorias de base norte-americanas (que o levou à Indy), Rafa Matos conhece bem o chassi Ligier JS F4, desenhado por Max Crawford (a Crawford foi adquirida pela empresa francesa). Ele fez testes de pneus e desenvolvimento com o modelo, assim como o F3, da F-Regional Americas. E identificou uma característica que desfavorece pilotos menores.

“A direção do F4 é muito pesada. Bem mais do que a do Indy Lights ou mesmo do Indy, que também não têm direção assistida. Andar com ele cansa. Conversei com os engenheiros, outros pilotos experientes sentiram a mesma coisa. No caso do F3, foram feitos ajustes que resolveram 80% do problema. Já no F4 a solução ficou por conta das equipes, não sei se todas conseguiram. Ela (Juju) é muito miudinha, difícil dar conta, ainda mais numa pista exigente como Road Atlanta”, diz o mineiro.

Experiência

A filha do ex-piloto Hideki Noda disputou o dinamarquês de F-4 em 2020, com direito a vitória. A série, no entanto, usa circuitos menores e de médias de velocidade mais baixa, além de empregar os chassis Mygale, que tem outro tipo de comportamento.

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