Dakar 2023: nas duas rodas, prova promete equilíbrio

O maior rally do mundo abre sua edição 2023 antes mesmo da virada do ano. Neste sábado (31) uma especial de 11 quilômetros no Sea Camp, junto ao Mar Vermelho, na Arábia Saudita, marca a largada do Dakar. Desde o ano passado a prova é válida como abertura do Mundial de Rally Cross-Country (W2RC) e mais uma vez traz novidades. A principal delas é a adoção de dois roteiros diferentes para cada etapa – com quilometragens semelhantes –; que serão definidos por sorteio para cada veículo.

Nas motos, uma mudança no regulamento ajudará a amenizar um dos principais problemas das edições recentes: a obrigação do vencedor de uma etapa de ser o primeiro a largar no dia seguinte. E assim, encarar a especial cronometrada sem rastros ou referências que ajudem na navegação. A exemplo do que acontece no ciclismo, um bônus em tempo será aplicado para compensar a desvantagem. Os três primeiros entre a largada da especial e o primeiro abastecimento terão abatidos, respectivamente, 1.5s/km; 1s/km e 0s5/km dessa distância ao fim do dia.

Favoritos

Com isso, a expectativa é de uma disputa ainda mais equilibrada no pelotão com 125 inscritos. Entre eles estão cinco vencedores do Dakar: o atual, Sam Sunderland (Gas Gas); Kevin Benavides, Matthias Walkner e Toby Price (KTM); além de Ricky Brabec (Honda). A lista de equipes oficiais conta ainda com Husqvarna (assim como a Gas Gas, parte do grupo KTM), Sherco e Hero.

Até o ano passado na Yamaha (que fechou sua equipe oficial), o francês Adrien van Beveren comandará uma das Honda CRF 450 Rally de fábrica, assim como Brabec; os chilenos Jose Ignacio Cornejo e Pablo Quintanilla e o espanhol Joan Barreda. O norte-americano Skyler Howes e o argentino Luciano Benavides pilotarão as Husqvarna FR 450 oficiais. Lorenzo Santolino e Rui Gonçalves são os destaques da francesa Sherco. O australiano Daniel Sanders é o outro representante da Gas Gas, enquanto os experientes Ross Branch, Joaquim Rodrigues, Franco Caimi e Sebastian Buhler defendem a indiana Hero.

Revelação de 2022, o norte-americano Mason Klein volta a comandar uma KTM 450 Rally privada do Bas World KTM Rally Team.

Outras marcas

O Dakar 2023 abre espaço ainda para outras marcas, mais ou menos conhecidas. No primeiro caso está a italiana Fantic, com três exemplares de sua XEF Rally, de motorização Yamaha. Um deles pilotado pelo multicampeão de enduro Alex Salvini. Outro estará com o veterano Franco Picco (66 anos) que, nos anos 1980 e 1990, defendeu o lendário time oficial Yamaha Belgarda.

Dois pilotos chineses (Sunier Sunier e Deng Liansong) competirão com a Kove 450 Rally. Moto fabricada em seu país natal que não esconde a ‘inspiração’ nos modelos anteriores da KTM.

Quadriciclos

Se entre as motos não há representantes brasileiros, o maranhense Marcelo Medeiros volta a alinhar entre os quadriciclos com seu Yamaha 700 da equipe Taguatur. Em sua quinta participação (a segunda na Arábia Saudita), ele busca voltar a vencer etapas e brigar pela vitória geral. No ano passado, um problema mecânico o fez terminar em sexto.

O percurso do Dakar 2023 terá e 8.549km, dos quais 4.706 cronometrados, divididos no prólogo e em 14 etapas, até 15 de janeiro, em Dammam.

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