Nos carros, Dakar será desafio entre favorito e oponentes

Uma disputa entre pesos-pesados que dispensam apresentações é a expectativa entre os carros no Dakar 2023, que começa neste sábado (31) com o prólogo que define a ordem de largada para o primeiro estágio, na Arábia Saudita. A luta pela vitória geral nas quatro rodas será, também, um choque de tecnologias. De um lado estão os modelos T1+ empurrados por motores a combustão (em especial Toyota, Mini e BRX). Do outro está o sistema elétrico usado pela Audi para a segunda geração de seu buggy RS Q e-Tron, na classe T1-U (energias alternativas). Outro destaque é a volta da participação brasileira, agora com Lucas Moraes.

O favoritismo é total da Toyota e sua Hilux DKR T1+, especialmente com Nasser Al-Attiyah e Mathieu Baumel, atuais campeões. A marca japonesa foi a que mais investiu para o regulamento T1+, que estreou ano passado, com pneus e rodas maiores; carroceria mais larga e suspensões de maior curso. Uma tentativa de equilibrar a competição com os buggies 4×2, que vinham levando a melhor.

Alem do catariano Al-Attiyah; o sul-africano Giniel de Villiers (outro vencedor do Dakar) e seu compatriota Henk Lategan comandam os três exemplares oficiais da Gazoo Racing. A equipe BRX, com dinheiro do Barein e estrutura técnica da Prodrive, conta mais uma vez com o nove vezes campeão mundial do WRC Sebastien Loeb, agora com o belga Fabien Lurquin como navegador. O argentino Orly Terranova e o espanhol Alex Haro estão no segundo Hunter oficial.

Vencedor do Rally do Marrocos deste ano com sua equipe (GCK), Guerlain Chicherit pilota outro Hunter – um quarto alinhará com o lituano Vaidotas Zala. A X-Raid estreia seu Mini JCW T1+ com o polonês Kuba Przygonski e o argentino Sebastian Halpern como pilotos.

Elétrico

Na Audi, a ordem foi usar o aprendizado da estreia (com vitórias de etapa) para evoluir o RS Q e-Tron. Que agora está dentro do peso mínimo; com aerodinâmica revista e o funcionamento de seu trem de força aprimorado. O modelo usa dois propulsores elétricos (os mesmos da casa alemã na Gen2 da Fórmula E), um por eixo. E um motor quatro cilindros 2.0 turbo à combustão funciona apenas como gerador, para recarregar as baterias.

Com Stephane Peterhansel (14 vitórias no Dakar) / Edouard Boulanger; Carlos Sainz / Lucas Cruz e Mattias Ekstrom / Emil Bergkvist e o suporte técnico da Q Motorsport (de Sven Quandt), a Audi adota um discurso cauteloso. E coloca como objetivo um lugar no pódio final da maratona.

Lucas

O Dakar 2023 marcará a estreia de Lucas Moraes no maior rally do mundo. Depois de vencer pela segunda vez o Sertões, agora a bordo de uma Hilux DKR T1+ Overdrive, o paulista concretizou sua participação com o suporte da Red Bull. A seu lado, em vez do habitual navegador Kaíque Bentivoglio estará o experiente alemão Timo Gottschalk, que já venceu o Dakar. Uma escolha indicada pelo time para acelerar o aprendizado. Juntos, eles conquistaram o segundo lugar na Baja Dubai, primeira experiência de Lucas com dunas como as que encontrará nos desertos sauditas.

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