Enxurrada de novidades nos treinos da Superbike em Jerez de la Frontera
Uma terça-feira de muitas novidades no circuito espanhol de Jerez de la Frontera, que recebeu a última etapa do Mundial de Superbike (WSBK). Encerrada a temporada, imediatamente começaram os testes pensando em 2024. E a pista da Andaluzia foi o palco de várias estreias, algumas impensáveis até pouco tempo atrás.
A principal delas a de Jonathan Rea com a Yamaha YZF R1 da equipe Pata Yamaha with Prometeon. Após nove anos defendendo a Kawasaki, com seis títulos mundiais, o irlandês apareceu já com as novas cores, ou quase. A marca verde não criou qualquer tipo de obstáculo e Rea não precisou de um macacão genérico, sem referências à nova casa. Já sua nova moto apareceu em uma decoração de teste em cinza e branco, com as logos dos patrocinadores em menor quantidade.
Rea mostrou todo seu talento ao registrar a quarta melhor volta do dia, a 0s4 do tempo do australiano Remy Gardner, com a R1 do Team GYTR GRT. Missão nada simples, já que ainda se adaptava à ergonomia e à entrega de potência e torque da Yamaha, numa fase normalmente de ajustes finos. Rea chegou a sofrer uma queda, sem gravidade. O tempo de pista foi limitado com a chuva em boa parte do dia.
Se o hexacampeão apareceu pela primeira vez no box azul, a Kawasaki ZX10-RR que comandava até domingo esteve nas mãos do italiano Axel Bassani. Ele admitiu que terá mais trabalho para se adaptar, já que a Ducati, com seu motor Desmo, tem características bastante diferentes.
Maníaco
Por falar em Ducati, a Panigale V4R do Team GoEleven apareceu com um número conhecido: o #29, de Andrea Iannone. Conhecido como ‘Maniac’ (maníaco), ele está de volta às pistas após o cumprimento da suspensão por quatro anos após resultado positivo em um exame antidoping na MotoGP. E mostrou que não esqueceu como se faz, ainda que em uma categoria totalmente nova. Marcou 1min41s922, 2s1 acima da marca de Gardner, mas a 1s4 do tempo do bicampeão Alvaro Bautista, com a Panigale V4R oficial.
Campeão mundial da Supersport 600, Nicolo Bulega completou as primeiras voltas com a outra Panigale de fábrica. Michael Ruben Rinaldi, que o antecedeu na equipe Aruba.it Ducati, andou com a moto privada da Motocorsa.
Na Petronas MIE Honda, Tarran Mackenzie (filho do ex-MotoGP Niall Mackenzie) testou com a CBR1000RR-R que teve Eric Granado como um dos pilotos este ano. Com experiência no British Superbike – disputou este ano o WSSP 600 com a pouco competitiva CBR600RR do time privado japonês -; ele deve subir de categoria em 2024. Muito provavelmente na vaga do próprio Granado caso o patrocínio da petroleira malaia Petronas prossiga, já que o malaio Hafizh Syahrin tem a outra moto.
Os testes se encerram nesta quarta-feira (1°).
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