Velopark recebe a penúltima do Endurance Brasil. Etapa começa com polêmica

O Império Endurance Brasil chega ao circuito mais curto de seu calendário para a penúltima etapa da temporada. Nos 2.278m do Velopark, o desafio para os carros mais rápidos é lidar com o tráfego constante, além das freadas fortes, que muitas vezes provocam passeios fora da pista. Com curvas em sua maioria à esquerda, o consumo do pneu traseiro direito é outro ponto crítico. Especialmente considerando que a organização do campeonato manteve a duração de quatro horas adotada desde a segunda visita a Goiânia, e repetida na Cascavel de Ouro.

O fim de semana no traçado de Nova Santa Rita (RS) começou com polêmica. Vencedores da GT3 na Cascavel de Ouro, Leo Sanchez e Átila Abreu decidiram retirar o BMW M4 GT3 alinhado pela Pole Motorsport da lista de inscritos e não largarão neste sábado. Eles alegam inconsistência no sistema de Balance of Performance usado para equilibrar o desempenho de máquinas com concepções diferentes.

O argumento da dupla é de que, por contar com motor turbo, o esportivo alemão fica em desvantagem ao correr ao nível do mar caso não haja restrição de potência ou acréscimo de peso nos modelos aspirados. E destacam que, nas provas em maior altitude, são obrigados a regular a admissão do carro para não se beneficiar tanto da ajuda da turbina no ar mais rarefeito.

Resposta

Em comunicado divulgado pela Associação de Pilotos de Endurance (APE), a entidade, organizadora do Endurance Brasil, rebate as alegações. Alega ainda que o BOP segue critérios técnicos a partir dos dados coletados ao longo do campeonato.

“A organização reitera que foi feita uma compensação de 6% na curva de pressão de turbo da BMW para equilibrar a perda de potência relacionada à diferença de altitude, além da redução de 10kg no peso mínimo do carro. Essas decisões foram tomadas após a realização de simulações computacionais e diversos estudos técnicos com base na etapa realizada no mesmo autódromo do Velopark, em junho deste ano. Para garantir a equidade entre os diversos modelos de carros de GT, a organização leva em consideração indicadores de performance, desgaste de pneus e dos equipamentos em geral, e não apenas o resultado final das provas. Apesar das reclamações em relação ao desempenho da BMW, Sanchez e Abreu venceram a última etapa do campeonato, disputada em Cascavel, no Paraná.

Outro ponto que vale ser destacado é que, em nenhum momento, a organização do Império Endurance Brasil alegou que não poderia buscar uma melhor equalização dos carros por contar com um maior número de modelos com motores aspirados em relação aos modelos turbo. Os engenheiros responsáveis pelo BOP do campeonato se recusaram a seguir as sugestões da dupla por considerar que adicionar mais peso aos carros – cerca de 60kg em placas de chumbo – traria um risco à segurança dos pilotos”, completa o texto.

Protótipos

Entre os protótipos P1, a vitória do AJR #99 na Cascavel de Ouro ampliou a lista de candidatos a dominar a etapa do Velopark do Império Endurance Brasil. A liderança do campeonato é de Gaetano di Mauro, com o Ligier JS P320 da BTZ Motorsport. Neste fim de semana, ele terá Pedro Burger como parceiro. Em teoria, no entanto, o traçado favorece os AJR e Sigma. O Sigma P1 de Vicente Orige, Luiz Bonatti e Vítor Genz (Motorcar), aliás, foi o melhor na primeira visita da temporada ao circuito gaúcho.

A largada da sétima etapa do Império Endurance Brasil está marcada para as 10h30 do sábado (11), com transmissão ao vivo pelo BandSports e pelo canal da categoria no YouTube. Mais uma vez não haverá janelas de pitstops. Cada time poderá organizar sua estratégia de paradas obrigatórias.

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