Fim da linha para Eric Granado na Moto2
A temporada de retorno de Eric Granado ao Mundial de Motovelocidade acabou interrompida na 10ª etapa, longe de proporcionar os resultados esperados pelo brasileiro, atual campeão europeu (CEV) da Moto 2. Com um comunicado oficial, a equipe Forward Racing confirmou a substituição do piloto pelo espanhol Isaac Viñales (primo de Maverick) já a partir do GP da Áustria, domingo (12), no Red Bull Ring, no comando de uma das Suter MMX2 da categoria de acesso à Moto GP.
No texto, Giovanni Cuzari, proprietário do time de capital italiano mas sediado na Suíça, argumenta que Granado, de 22 anos, vinha tendo o trabalho prejudicado pela decisão de disputar dois campeonatos paralelamente – representa a Honda no Superbike Brasil e é o atual líder da competição. Situação que não o impediu, por exemplo, de ser o melhor no competitivo Europeu, uma conquista inédita para o motociclismo brasileiro, em 2017. A interrupção do contrato acaba representando o fim de um calvário para o piloto da moto 51, diante da falta de competitividade dos chassis Suter diante dos Kalex, Tech 3 e KTM que dominam a categoria. Apesar de alguns bons resultados do companheiro de equipe Stefano Manzi, veterano da categoria, o balanço da equipe é decepcionante e as energias já se voltaram para a parceria com a MV Agusta, que fornecerá o quadro a partir de 2019, quando os motores Triumph passam a equipar as máquinas da Moto 2.
Nas redes sociais, Granado comentou de forma enigmática o rompimento já na segunda-feira, depois do GP da República Tcheca, em que conseguiu um suado 23º lugar (o melhor resultado foi o 19º na Itália, menos distante da zona de pontuação). “É nas dificuldades que aprendemos a nos superar e seguir em busca dos nossos sonhos ! Minha hora vai chegar! Eu acredito! Enquanto isso, continuo me dedicando como sempre”.
Com a dança das cadeiras a pleno vapor para a próxima temporada, o brasileiro tem boas chances de contar com um equipamento à altura do talento caso decida permanecer no Mundial. O principal obstáculo é a saída de sua patrocinadora principal, a Honda, da condição de fornecedora de motores, o que tornaria menos atrativa a presença da marca no macacão e na carenagem. Por enquanto, o verde e o amarelo serão representados pelo também paulista Meikon Kawakami, que disputa a Red Bull Rookies GP, categoria de formação que acompanha a Moto GP nas etapas europeias.