Em meio às evoluções aerodinâmicas para a SF71H em Suzuka, a grande novidade da Ferrari para o GP do Japão não vai trazer mudança no desempenho, e também não fará Sebastian Vettel mais forte na disputa cada vez mais complicada com Lewis Hamilton e a Mercedes. A partir da prova de domingo, os carros do alemão e do finlandês Kimi Räikkönen trarão na carroceria, nas laterais, defletores, asa traseira e no bico a logomarca e o nome da campanha ‘Mission Winnow’.
Trata-se da volta ao carro de um patrocinador que não deixou a equipe mas, por conta das restrições à propaganda de tabaco, atuava de forma subliminar (na logomarca da Scuderia, por exemplo). Sem poder mais usar a marca mais ligada ao circo (Marlboro), a Phillip Morris manteve o apoio de forma discreta, ajudando a garantir o orçamento do time de Maranello. Nesse ano, a carroceria sobre a unidade de potência exibia, para a alegria dos fãs, um imaculado vermelho-sangue, que nem mesmo ocasiões como a morte de Sergio Marchionne foram capazes de alterar.
É bem verdade que já vai longe o tempo em que o comendador Enzo Ferrari torcia o nariz para qualquer apoiador que não fosse fornecedor técnico, até finalmente, em seus últimos anos de vida, abrir uma exceção – a marca da Marlboro envolvia o nome dos pilotos atrás do cockpit. Na década de 1990, e especialmente com a chegada de Michael Schumacher, a tabaqueira passou a aparecer de modo mais destacado.
O “Mission Winnow” (que poderia ser traduzido como: Missão Vencer Agora) não é um produto da PMI, mas uma campanha, parte de um planejamento estratégico que envolve investimentos em outros setores que não o do tabaco. As logos estão também nos macacões de Vettel e Räikkönen e, nas redes sociais, a iniciativa dividiu opiniões. Houve quem gostasse da maior quantidade de branco espalhada no carro, e houve quem preferisse o visual ‘de raiz’. E você, o que acha?