MotoGP no Rio em 2022. Ao menos no papel…
O Continental Circus quer voltar ao Brasil em 2022. A quinta-feira (10) começou com o anúncio, pela Dorna, organizadora do Mundial de MotoGP, de que a competição máxima do esporte sobre duas rodas chegou a um acordo para incluir novamente o país no calendário daqui a dois anos. O circuito escolhido é o do Rio Motopark, em Realengo. O mesmo que negocia com a F-1 para tirar a categoria de Interlagos.
“Estou muito feliz por anunciar que a MotoGP vai retornar ao Rio de Janeiro em 2022. É uma das cidades icônicas do mundo, num país sensacional. O Brasil é um mercado importante para as motos, além da tradição no motociclismo e no esporte motor como um todo, e estamos orgulhosos por fazer parte de um futuro animador”, comentou Carmelo Ezpeleta, CEO da Dorna.
Tudo muito bom, não fosse pelas polêmicas e atrasos envolvendo a construção do complexo que, por enquanto, não passa do projeto. Apesar de todo o empenho das três esferas de governo, o que há hoje é apenas o terreno intocado. Entidades ambientais tentam embargar o início das obras com a alegação de que a área escolhida possui mata nativa que não pode ser derrubada. Além disso, muitas dúvidas pairam em relação ao consórcio Rio Motorsports, único que se apresentou na licitação pública para concessão do projeto. Inclusive em relação às garantias financeiras necessárias para o empreendimento.
Problemas
E apesar das promessas de início da construção ainda este ano, dificilmente o trabalho começará antes de 2020. O que deixa um prazo extremamente apertado para o processo. É necessário tirar a cobertura vegetal, nivelar e terraplenar a superfície, preparar o solo para a colocação das camadas asfálticas, esperar o tempo de cura do piso e construir toda a estrutura anexa: zebras, áreas de escape, conjunto de boxes e torre de controle, paddock, arquibancadas, acessos e sinalização. Algo que, nos circuitos construídos mais recentemente, não ocorreu em menos de dois anos.
E ainda é necessário reservar tempo para as vistorias, ajustes determinados pela Dorna e pelos comissários da FIM e, de preferência, realizar uma prova-teste.
Vale lembrar que o destruído Autódromo de Jacarepaguá sediou o GP Brasil entre 1995 e 2004, com direito inclusive à consagração de Valentino Rossi como campeão do mundo.
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