Primeiras vitórias brasileiras no Dakar 23, em dia de tempestade no deserto

Terceira etapa do Dakar 2023 e primeiras vitórias brasileiras. Ao lado do piloto norte-americano Austin Jones, Gustavo Gugelmin (Can-Am Maverick XRS / Red Bull Can-Am Factory) foi o mais rápido entre os UTVs T3 no estágio entre Al’Ula e Ha’il. Na T4, Cristiano Batista, em sua edição de estreia, levou a melhor ao lado do navegador espanhol Fausto Mota (Can-Am Maverick XRS / South Racing Transmáquinas).

Um dia totalmente atípico para o maior rally do mundo. Fortes tempestades levaram a organização a encurtar a especial cronometrada em 70 quilômetros para os carros, UTVs e caminhões. E fizeram os competidores, especialmente sobre quatro rodas, encarar riachos e trechos alagados. A terra no parque de apoio de Ha’il deu lugar à lama.

Foto: Julien Delfosse/DPPI/ASO

O dia desafiou pilotos e navegadores com estradas arenosas e pedregosas por entre cânions, exigindo atenção na navegação. Jones e Gugelmin superaram Seth Quintero e Dennis Zenz (Can-Am Maverick XRS / Red Bull Off-Road Junior Team) por apenas 43 segundos. Pâmela Bozzano e Cadu Sachs (Can-Am Maverick / Team BBR Pole Position 77) fecharam na 27ª posição (+1h06min16). Enio Bozzano / Luciano Gomes (Can-Am Maverick / Team BBR Pole Position 77) fecharam na P.39 (+2h07min32)

Com os vários problemas enfrentados pelos atuais campeões da T3 Francisco Chaleco Lopez e Juan-Pablo Latrach (Can-Am Maverick XRS / Red Bull Can-Am Factory), Quintero e Zenz passaram a liderar a geral. Jones e Gugelmin ocupam a quarta posição (+6min55). Pamela / Cadu aparecem em 15º; enquanto Enio / Luciano estão em 26º.

Na T4, Batista e Mota superaram por 1min40 os poloneses Michal Goczal e Maciej Marton (Can-Am Maverick XRS / Energylandia). Rodrigo Luppi / Maykel Justo (Can-Am Maverick / South Racing) fecharam a etapa na quarta posição e confirmaram a vice-liderança no acumulado, a 11min36 de Goczal/Marton. Bom desempenho também de Bruno Conti (filho de Luppi) e Bianchi Prata (Can-Am Maverick / South Racing), sétimos no dia e oitavos na geral.

Motos

Depois de diminuir o ritmo na parte final da especial da véspera para não ter que abrir o trecho cronometrado desta terça, o australiano Daniel Sanders (KTM 450 Rally / GasGas) resolveu atacar e venceu a terceira etapa. Bateu os norte-americanos Skyler Howes (Husqvarna FC450 Rally/Husqvarna Rally Team) e Mason Klein (KTM 450 Rally / BAS KTM), ambos beneficiados com o bônus de tempo por liderarem o trecho até o primeiro reabastecimento.

Sanders agora comanda na geral, 4min04 à frente de Klein. O dia foi marcado pela queda e o abandono do norte-americano Ricky Brabec (Honda CRF 450 Rally / Monster Energy Honda), campeão de 2020. Com dor na região cervical, ele foi levado a um hospital para exames, que não detectaram fraturas ou condições mais sérias.

Carros

Depois de perderem três horas e 38 na véspera por furos de pneu, Guerlain Chicherit e Alex Winocq (Prodrive Hunter / GCK) se recuperaram nesta terça para serem os mais rápidos entre os carros. Superaram a Hilux DKR T1+ oficial de Henk Lategan / Brett Cummings por 3min26. Carlos Sainz e Lucas Cruz (Audi RS Q e-Tron), que começaram a etapa como líderes, enfrentaram uma quebra de suspensão que atrasou bastante a dupla. Quintos no estágio, Nasser Al-Attiyah e Mathieu Baumel (Toyota Hilux DKR T1+ / Gazoo Racing) são os novos ponteiros, 13min19 à frente de Yazeed Al-Rajhi / Dirk Von Zitzewitz (Toyota Hilux DKR T1+ / Yazeed Racing).

Lucas Moraes e o navegador alemão Timo Gottschalk (Toyota Hilux DKR T1+ / MEM Overdrive) prosseguem em sua evolução, com um ótimo nono lugar (+15min41). Ocupam a mesma posição no acumulado.

Caminhões

Segunda vitória de etapa nos caminhões para os checos Martin Macik, Frantisek Tomasek e David Svanda (Iveco Powerstar / MM Technology). Os líderes na geral são seus compatriotas Ales Loprais, Petr Pokora e Jaroslav Valtr Jr. (Tatra / Instaforex Loprais).

Quarta etapa

As dunas prometem ser o principal desafio da quarta etapa, disputada em laço, com largada e chegada em Ha’Il. As montanhas de areia dominam os primeiros 100 dos 425 quilômetros cronometrados, seguidas por caminhos arenosos em que a navegação será bastante testada.

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