Tem categoria de fórmula nova vindo aí. Na Argentina…

Em se tratando do cenário de revelação de jovens pilotos, Brasil e Argentina não estão muito distantes. Tanto em um quanto no outro, cada vez mais quem sai do kart mira as categorias de turismo, capazes de garantir contratos interessantes e mesmo servir de trampolim para desafios internacionais, como provaram José Maria ‘Pechito’ López, Esteban Guerrieri e Néstor Girolami. Do lado de lá da fronteira, no entanto, as categorias de fórmula seguem tendo espaço – a Fórmula 2.0 (ex-F-Renault Argentina) mantém grids numerosos.

E já existia uma F-4, não nos moldes do campeonato tal como disputado em vários países, mas com chassis tubulares Crespi e motorização 1.6, bastante popular e capaz de reunir kartistas promissores e ‘herdeiros’ de dinastias pesadas, caso de Matías Furlan, filho de Néstor Gabriel que, nos tempos da F-3 Sul-Americana, se tornou o rival a ser batido pelos brasileiros.

Pois enquanto por aqui os monopostos seguem pegando poeira nas oficinas e as poucas categorias que insistem sofrem para reunir um número digno de participantes, os hermanos mantêm a aposta, mesmo sabendo que dificilmente terão em quantidade novos candidatos à F-1, Indycar ou Fórmula E nos próximos anos.

Nesta quarta, o Autódromo de Buenos Aires foi palco da apresentação da nova F-4, essa sim de acordo com as orientações da FIA, homologação do Automóvel Club Argentino (ACA) e em condições de distribuir pontuação para a Superlicença aos primeiros colocados. Tudo sem investimentos absurdos, já que a Argentina vive momento econômico ainda mais delicado que o brasileiro. O que se fez foi trazer um lote de chassis Mygale em carbono usados no campeonato chinês e, de quebra, motorização e apoio da Geely (um quatro cilindros em linha de não mais de 150cv). Só mudam os pneus: saem os Kumho e entram os Pirelli. A organização e o controle técnico ficarão a cargo de Tito Pérez, histórico preparador.

A julgar pelas primeiras reações e a própria aposta em mais um campeonato num cenário em que opções não faltam, tem tudo para pegar, além de atrair potenciais candidatos de Uruguai, Chile e adjacências. Alguém aí disse inveja?…


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