No Azerbaijão foi um robusto pacote aerodinâmico, com novidades especialmente na zona entre as rodas dianteiras e as entradas de ar laterais – difusores e aletas para favorecer a divisão do fluxo de ar. Como a estratégia e o acidente com Charles Leclerc na qualificação impediram a resistência a mais uma dobradinha das Mercedes, a Ferrari aposta agora numa evolução da unidade de potência para tentar se recuperar no Mundial de F-1 já a partir do GP da Espanha, domingo, em Montmeló.
A estreia do segundo motor do ano nos carros do francês e de Sebastian Vettel estava prevista para o Canadá (Mônaco, com seu traçado característico, não traria grande vantagem para o rendimento dos SF90). Com o OK do reparto motori (o departamento de motores), a nova unidade teve a estreia antecipada para o GP espanhol, numa tentativa de aproveitar o retão dos boxes, único ponto efetivo de ultrapassagens. Além disso, a Shell desenvolveu uma nova especificação do óleo lubrificante, numa tentativa de aproveitar ao máximo as propriedades refrigerantes do material.
Na pré-temporada, Mercedes e Ferrari ficaram separadas por apenas sete milésimos no conhecido traçado catalão, que pode se despedir do circo domingo (caso dê lugar a Zandvoort, na Holanda). Se as temperaturas do fim de semana serão bem mais altas do que em fevereiro, os compostos escolhidos pela Pirelli tendem a favorecer os carros vermelhos: os três mais duros na escala de cinco (C1, C2 e C3), mesmos usados no Barein, onde um problema mecânico tirou de Leclerc uma vitória encaminhada.