Festa de um lado, decepção e panos quentes do outro após GP Brasil

Se após as 71 voltas do GP Brasil havia quem tivesse motivos redobrados de comemoração, também não faltou quem fosse obrigado a fazer um balanço nada favorável da prova. O tailandês Alex Albon, muito próximo do primeiro pódio, acabou tocado por Lewis Hamilton na penúltima volta, mas ainda conseguiu manter o sorriso.

“É chato, não posso dizer que estou com raiva, são coisas de corrida. Mas imaginava que Lewis me passaria sem dificuldade na freada da reta dos boxes. Ele já estava no meu retrovisor, procurei me manter rápido para defender a posição; a visibilidade na curva (Bico de Pato) é complicada. Pena por ter feito uma ótima corrida. Temos um GP ainda pela frente, quem sabe em Abu Dhabi eu consiga”. Albon recebeu um pedido de desculpas do hexacampeão.

Na Ferrari, Sebastian Vettel e Charles Leclerc pareciam separados por uma parede na zona de entrevistas à TV, embora próximos um do outro. O team principal Mattia Binotto procurou ser diplomático, evitando conclusões apressadas. Muito embora a prioridade à Scuderia seja algo inquestionável. “Melhor não pensar com a cabeça quente no que aconteceu, é uma situação nova com que teremos de lidar, e que certamente ensinará algo para a próxima temporada

Emoção

Pierre Gasly viveu seu melhor domingo na Fórmula 1. Rebaixado por Helmut Marko para a Toro Rosso, dando espaço a Albon na Red Bull, ele conseguiu, com o carro da equipe de Faenza, o que não fez com o RB15 em 12 provas. “É o melhor dia da minha vida. O primeiro objetivo era chegar à Fórmula 1, e um pódio é o passo seguinte nessa trajetória. Claro que o resultado veio na nossa direção, mas acredito que fizemos um bom trabalho largando da sexta posição. Tive um ritmo satisfatório ao longo da prova, controlando a vantagem para quem vinha atrás. Quando o safety car apareceu, pensei em me manter na pista e aproveitar o que viesse, e foi o que aconteceu. Meu último pódio havia sido em 2016, na F-2, e é realmente uma emoção especial”.

Outro que chegou mais longe do que esperava foi Carlos Sainz. Após largar em último, depois da quebra do motor no Q1, sábado, ele escalou o pelotão e contou com a providencial ajuda da sorte para alcançar seu primeiro pódio, beneficiado pela punição de 5 segundos aplicada a Lewis Hamilton.

“Sim, não posso me queixar, foi um dia muito especial para mim. Se as primeiras voltas foram mais tranquilas para quem ia à frente, não foi meu caso. Tive de atacar o tempo todo. Na última relargada o engenheiro me pediu para fazer o máximo sem respirar; eu realmente não tinha mais aderência, Kimi (Raikkonen) vinha mais forte e sabia que se perdesse o mínimo que fosse, cairia várias posições”.

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