Tony Kanaan confirma despedida da Indy com corridas em ovais

Cinco provas, todas em circuitos ovais: 500 Milhas de Indianápolis, Texas, Richmond, Iowa e Gateway. Tony Kanaan confirmou seu programa para a temporada 2020 da NTT Indycar Series com a Foyt. Além disso, anunciou que elas vão compor sua despedida da categoria em que foi campeão de 2004. Aos 45 anos, o baiano de Salvador não pretende deixar as pistas, mas partirá em busca de outros desafios, encerrando um ciclo.

“Quando paro para pensar em todos estes anos que estive na Indy, a primeira coisa que vem em minha mente é como sou uma pessoa de sorte por ter ficado tantos anos na categoria máxima do automobilismo americano. Entrei nesse esporte com 23 anos, cheio de sonhos e vontade de vencer. Posso dizer, sem a menor dúvida, que conquistei todos os meus objetivos”, comenta o vencedor das 500 Milhas de 2013.

Tony explica a motivação por trás da decisão. “Para 2020, minha melhor opção era correr as cinco corridas ovais do calendário da NTT Indycar Series, esporte que me deu tudo que tenho e que sempre fará parte da minha vida. Não estou me aposentando das pistas, isto é fato. Mas decidi que este ano eu iria tirar o pé um pouco e curtir estas cinco corridas, ter mais tempo pra minha família, meus fãs, e também os para patrocinadores que sempre me apoiaram”. Uma escolha favorecida pelos problemas de orçamento da Foyt, que perdeu seu patrocinador histórico (ABC Supply Co.) e fará uma composição no Dallara Chevrolet #14. A despedida propriamente dita ocorrerá em 22 de agosto.

O brasileiro é o segundo em número de largadas na categoria (377), considerando suas várias encarnações (Cart, Champcar, IRL e Indycar). Está apenas atrás de Mario Andretti. Estreou em 1998, pela Tasman, depois do título da Indy Lights. Defendeu ainda Forsythe (1999); Mo Nunn (2000 a 2002); Andretti-Green (2003 a 2010); KV Racing (2011 a 2013); Ganassi, pela qual foi campeão (2014 a 2017) e, desde 2018, está no time de A.J. Foyt. Ao todo, soma 17 vitórias, 15 pole-positions e 78 pódios, o último deles em Gateway, no ano passado.

Fim de sequência

Com o anúncio, a menos que haja uma surpresa de última hora (que a essa altura responderia pelo nome de Sérgio Sette Câmara), será a primeira vez desde 1984 que o Brasil não terá um piloto em toda a temporada. Há 36 anos, Emerson Fittipaldi fazia sua estreia na categoria correndo nove das 16 provas, por três times diferentes (GTS, HR e Patrick).

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