Sai o azul piscina, entra uma decoração tricolor com azul marinho, branco e vermelho. A Williams aposta em novas cores para a máquina com que espera recuperar terreno no Mundial de F1: a FW43. O carro percorreu os primeiros quilômetros nesta segunda-feira em um shakedown em Montmeló; o que, por si só, é uma vitória. Na temporada passada, o atraso na montagem tirou boa parte do tempo de preparação para o time de Grove.
Como as novas cores não tornam o FW43 mais rápido, o desafio será consegui-lo com um projeto que, como a própria equipe admite, é uma evolução do 42. Sem recursos para revolucionar um conceito equivocado, a ordem é tentar corrigir o que não funcionou e desenvolver os pontos positivos (não muitos, é verdade). Algo que, segundo o projetista-chefe Doug McKiernan, foi alcançado.
“Não há mudanças significativas no layout. Procuramos atacar as áreas mais problemáticas do FW42 que permitissem os maiores ganhos, considerando os recursos de que dispomos. O mais importante é que, desta vez, as indicações vindas do túnel de vento e das simulações têm tudo para se confirmar na pista. O que não foi o caso no ano passado”.
Ainda que não apareça oficialmente na estrutura do time, Patrick Head participou ativamente do projeto. Em relação ao FW42, se o desenho do chassi foi mantido, refrigeração, geometria de suspensão, freios e redução de peso foram os conceitos aprimorados. Numa tentativa de aproveitar ao máximo a eficiência da unidade de potência Mercedes, grande trunfo do pacote.