Jorge Lorenzo: acabou a era do espartano na MotoGP?

Um duelo com o atual fenômeno da motovelocidade, de equipamento igual (e vencedor). A perspectiva era boa demais para os fãs e para Jorge Lorenzo, um dos mais talentosos pilotos do Continental Circus. A realidade, no entanto, tem sido cruel com o piloto de Mallorca. Apesar de todo o cuidado do HRC (Honda) em oferecer uma moto adequada a seu estilo de pilotagem, a RC213V é uma besta domada com perfeição apenas por Marc Márquez, já que ‘veste’ com perfeição o Formiga Atômica.

Na tentativa de andar novamente na ponta, Lorenzo tem ido além do limite do equipamento, o que explica a queda nos primeiros metros do GP da Catalunha, um strike que levou junto Valentino Rossi, Maverick Viñales e Andrea Dovizioso. E, na Holanda, a queda nos treinos que provocou a fratura de duas vértebras e uma ausência que já chega a dois meses.

O ‘espartano’ aparece apenas em 19º na classificação, três pontos à frente do reserva Stefan Bradl, que o substituiu. E, como já havia sido o caso na Ducati, descobriu que seria difícil casar seu estilo com a RC213V – algo que Cal Crutchlow e Takaaki Nakagami sabem bem.

Vivendo na bucólica Lugano (Suíça), longe da agitação, o espanhol tem mostrado confiança na recuperação e sinais de que ainda quer ser protagonista no Mundial de MotoGP. Nos últimos meses, seu empresário chegou a fazer consultas em alguns times satélites, como o Petronas SRT Yamaha e o Pramac Ducati. A ligação com a Red Bull poderia favorecer ainda a ida para a KTM, que perde Johann Zarco.

Permanência

De acordo com a imprensa européia, no entanto, o tricampeão teria decidido honrar o segundo ano de contrato com a Repsol Honda. Fechando a porta do time para nomes como Jack Miller ou Alex Márquez para o ano que vem. Com isso, o retorno à competição, a partir do GP da Inglaterra, dia 25, se transformaria em um grande teste. Uma chance de trabalhar sem pressão para ajustar a moto pensando em 2020.

Encarar Marc Márquez, mesmo com equipamento semelhante, é tarefa ingrata hoje não só para Lorenzo, mas a grande maioria do grid da MotoGP. Ainda assim, sonhar com pódios e vitórias eventuais não está fora de cogitação. Especialmente para alguém que venceu 47 provas na categoria. E quanto mais gente batendo carenagens na briga pela ponta, melhor. Talento e força não faltam para o dono do #99.

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