Duelo entre picapes T1 e buggies promete agitar o Sertões nos carros

Uma disputa emocionante e equilibrada. Assim promete a competição entre os carros no Sertões 2020, que inicia as atividades dia 30/10, no autódromo Velocitta em Mogi Guaçu/SP.  Por um lado, um time de pilotos estrelados: um pentacampeão (Guilherme Spinelli), um tricampeão (Cristian Baumgart) e o atual campeão (Lucas Moraes). Por outro, os modelos com tração integral – as supermáquinas do regulamento T1 FIA; e os buggies 4×2 desenvolvidos no Brasil pela Giaffone Racing. Concepções mecânicas diferentes para encarar uma maratona de sete etapas e quase 5 mil quilômetros por terrenos dos mais variados, de São Paulo ao Maranhão.

Por enquanto, a supremacia é dos 4×4. Com eles, três campeões da prova buscarão vencê-la novamente. Dono de cinco títulos, Guilherme Spinelli (Mitsubishi Spinelli Racing), o Guiga, comanda uma Mitsubishi Triton Sport Racing, que estreou ano passado mostrando ótimo potencial, ao lado do seu experiente navegador e também engenheiro responsável pelo desenvolvimento do carro, Youssef Haddad. A dupla é franca atiradora, já que não conta com companheiros de equipe para dar aquela forcinha, caso necessário. A ordem é superar a forte concorrência em mais um Sertões.

Donos de três títulos em sequência (2016 a 2018), Cristian Baumgart e Beco Andreotti (XRally Team/Overdrive) chegam como favoritos. Desta vez, a X Rally Team, que conta ainda com Marcos Baumgart/Kleber Cincea, trocou as Ford Ranger pelas Toyota Hilux IMA, desenvolvidas pela preparadora belga Overdrive. É o carro a ser batido no Sertões 2020. O bólido é o mesmo que venceu o Dakar de 2019 com Nasser Al-Attiyah, mas agora com atualizações, as mesmas usadas por Fernando Alonso quando disputou o Dakar deste 2020. A dupla Cristian/Beco mostrou adaptação rápida ao novo modelo ao vencer a prova que serviria de teste: o Baja TT Capital dos Vinhos, em Portugal, realizado em setembro. Os companheiros de equipe ficaram em 3º. A dupla Sylvio de Barros/Rafael Capoani (XRally Team/Ranger) completa o grid de supermáquinas T1 FIA.

Atual campeão da prova, Lucas Moraes (MEM Motorsport) segue a máxima de que ‘em time que está ganhando não se mexe’. Ele volta a comandar a Ford Ranger V8 que o levou à vitória em 2019 com Kaique Bentivoglio a seu lado. Um equipamento testado e aprovado para repetir o feito. Ele chama a atenção para um aspecto que deve exigir uma estratégia diferente. Mauro Guedes, Sylvio de Barros e Fernando Rosset também vão comandar as Ranger na categoria T1, a mais forte da prova.

O pelotão dos buggies conta com nove duplas. Uma delas com um nome que sabe bem o que é vencer o Sertões, mas sobre duas rodas. Zé Hélio Rodrigues (Zé e os Caras) trocou as motos pelos carros e tem conseguido bons resultados a bordo do modelo desenvolvido pela família Giaffone, com motorização V8, semelhante à da Stock Car. Júlio Capua (com uma carroceria no estilo picape), Carlos Ambrósio, Marcelo Gastaldi e Luiz Facco têm experiência de sobra para também brigar pelas primeiras posições com os 4×2 inscritos na categoria Open.

O buggy de Zé Hélio (divulgação)

Um exemplar alinhado pela equipe R.Mattheis será dividido por duas feras do asfalto, em sua primeira experiência no rally. Rubens Barrichello e Felipe Fraga vão se alternar no comando do #357, tendo Edu Bampi como navegador. Se a experiência servirá como grande aprendizado, o objetivo é não desapontar diante dos especialistas da terra e, quem sabe, surpreender com tempos competitivos. Thiago Camilo, por compromissos no asfalto, foi obrigado a adiar sua estreia – nos primeiros dias, o ‘bugão’ será comandado por Rafael Cassol, terceiro na geral em 2018.

Siga o Racemotor no:

Threads

Instagram

Facebook

Twitter

Você também pode gostar
Deixe seu comentário

Este site utiliza cookies para aprimorar sua experiência. Clique em Aceitar se concordar. AceitarLeia mais