Aprilia RS-GP21: uma MotoGP oficial esnobada

Uma moto oficial no Mundial de MotoGP normalmente é motivo de cobiça e sonho no Continental Circus. Para quem ainda não chegou à categoria principal, uma oportunidade única. Para quem perdeu o guidão em outro time, chance de se manter em ação e com esperança de bons resultados. Pois há uma máquina nesta situação que acabou esnobada por vários possíveis candidatos. A segunda Aprilia RS-GP 21 a ser alinhada pelo Team Gresini – a outra está nas mãos do confirmado Aleix Espargaró.

A fabricante que pertence ao Grupo Piaggio e tem sede em Noale tentou vários nomes, todos sem sucesso, por motivos diversos. Andrea Dovizioso esbarrou na pedida econômica, mas também na preocupação do três vezes vice-campeão com a competitividade do equipamento. Dono de uma trajetória vitoriosa com as motos italianas nas categorias de acesso, Jorge Lorenzo chegou a ser sondado, mas não foi convencido. O espanhol Tito Rabat preferiu se manter ligado à Ducati, ainda que com uma Panigale V4R semioficial no Mundial de Superbikes.

Poderia ser a chance para nomes de potencial vindos da Moto2 ou da Moto3, mas também não foi o caso. A ideia de contar com o norte-americano Joe Roberts foi frustrada pelo próprio, com um argumento interessante. Diz o piloto que não quer dar o salto para a categoria principal apenas pela nacionalidade e que, por isso, ainda não se sente pronto.

Situação semelhante à de Fabio di Giannantonio, pronto para mais um ano no Team Gresini, mas na Moto2. ‘Diggia’ ainda acredita ter muito a evoluir e aprender antes de repetir o caminho dos compatriotas Enea Bastianini e Luca Marini, que sobem em 2021.

Plano A

Sem Andrea Iannone, descartado com a confirmação de sua suspensão por resultado positivo em exame antidoping de 2019, a Aprilia, a princípio, repetirá a estratégia usada este ano. A de promover um piloto de testes, como aconteceu com Bradley Smith, que não fica para 2021. Com isso, o italiano Lorenzo Savadori está inicialmente inscrito, com a moto #32.

Com 27 anos, o piloto de Cesena tem uma trajetória incomum: depois de disputar o Mundial das 125cc em 2008/2009, passou a se dedicar às motos de produção – competiu nas Superstock e Superbike -, venceu a Copa do Mundo FIM STK1000 em 2015. Este ano, substituiu Smith nas três últimas etapas e chegou a andar próximo da zona de pontuação, mas terminou fora dos 15 primeiros.

Espargaró mostrou que a totalmente renovada RS-GP tem potencial, ao terminar duas vezes entre os 10 primeiros. O time italiano conta com a liderança de Massimo Rivola, ex-técnico da Ferrari e, a partir de 2022, seguirá um caminho próprio, separando-se do Team Gresini.

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