Da F-1 para a America’s Cup: James Allison encara desafio nos mares
Daimler MediaUm dos mais bem-sucedidos projetistas da F-1 atual vai encarar outro desafio de respeito. James Allison foi indicado para coordenar o projeto do Ineos Britannia, barco com que uma tripulação britânica vai buscar o título da America’s Cup de 2024 contra o Emirates Team NZ (Nova Zelândia). Uma missão que se tornou possível com a mudança de posto no organograma da Mercedes. Desde julho o inglês ocupa o posto de Chief Technology Officer (CTO) – Mike Elliott o substituiu como diretor-técnico. Allison ainda teve tempo no primeiro semestre de atuar diretamente no desenvolvimento do carro para o novo regulamento técnico da F-1.
“Se na F-1 eu contaria com 500 pessoas para o trabalho, na vela não são mais que 100, totalmente dedicados em três anos de trabalho. Há muitas coisas em comum: os dois são esportes em que ou tudo funciona corretamente, ou nada funciona. Acredito que será uma experiência brilhante, mas ao mesmo tempo assustadora”, explica o grande responsável, em termos de chassi e aerodinâmica, pela supremacia da Mercedes na era híbrida.
A nova versão do Ineos Britannia será desenhada conforme o regulamento AC75. Em relação à última disputa, no entanto, haverá um menor número de tripulantes (8, em vez de 11) e a energia que ajuda a impulsionar o barco poderá ser obtida por meio de pedaladas (atualmente apenas com as mãos). O que leva Allison a pensar em recrutar dois ciclistas profissionais do Team Ineos Granadiers. Gigante da indústria química, a Ineos se tornou este ano acionista da escuderia de Brackley, com sua marca nos carros de Lewis Hamilton e Valtteri Bottas.
O timoneiro do Ineos Britannia é um velho conhecido dos brasileiros: Sir Ben Ainslie, principal rival de Robert Scheidt nas competições da classe Laser.
Newey
Antes de Allison, outro nome de peso das pistas foi o encarregado de dar formas ao projeto britânico para a mais antiga competição esportiva da era moderna. Adrian Newey foi o projetista do barco de 2014, através da Red Bull Advanced Techonologies. Na época, após o quarto título de Sebastian Vettel, ele também diminuiu o envolvimento diário com a F-1.
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