FIA fecha o cerco a manifestações de pilotos

Levantar a voz contra arbitrariedades, injustiças e desrespeitos aos direitos humanos, a partir de agora, só com autorização. A Federação Internacional de Automobilismo (FIA) resolveu seguir o caminho de entidades como a Fifa e limitar a possibilidade de manifestações de seus filiados. Sem alarde, a federação incluiu em seu Código Esportivo Internacional (documento que rege todas as competições sobre quatro rodas) uma determinação expressa. Incluiu a alínea N ao parágrafo 1 do Artigo 12.2, que define as infrações às regras.

“A formulação geral e a manifestação de declarações ou de comentários políticos, religiosos e pessoais, notadamente em violação do princípio geral de neutralidade sustentado pela FIA nos temos de seus estatutos, salvo aprovação prévia por escrito da FIA, nas competições internacionais, ou da respectiva autoridade nacional competente, nas competições sob sua jurisdição”.

Nas últimas temporadas, pilotos como Lewis Hamilton e Sebastian Vettel se tornaram, na F-1, porta-vozes de várias causas, num movimento que envolveu diretamente a categoria (por meio da Liberty Media). O heptacampeão liderou uma cruzada contra o racismo e pelo respeito aos direitos dos negros que levou inclusive a Mercedes a mudar a decoração de seus carros.

O britânico e o alemão protestaram ainda contra as restrições à comunidade LGBTQIA+em países como Arábia Saudita e Hungria, usando capacetes e camisetas com mensagens. Vettel também se posicionou por mais ação contra as mudanças climáticas. E a F-1 adotou o slogan ‘We race as one’, em que defende a inclusão e a diversidade. No entanto, segue visitando países como a Arábia; o Qatar e o Bahrain.

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