Roval de Charlotte promete emoções fortes na Monster Energy Cup Series

Nem tudo o que a Nascar vem fazendo nos últimos anos para aumentar a competitividade e a incerteza em seu campeonato deu certo, trouxe o efeito desejado e agradou aos fãs. Mas a ‘surpresa’ reservada para a última prova da primeira fase dos playoffs, em que quatro dos 16 finalistas dão adeus ao sonho do título, certamente promete entrar para a história. Numa temporada em que os circuitos mistos ajudam a trazer novos desafios aos pilotos, tanto na Monster Energy Cup quanto na Xfinity Series, faltava fazer o pelotão furioso encarar as curvas para a direita também no momento de decisão.

E um dos circuitos mais tradicionais do calendário topou o desafio de ser o palco da novidade (aliás, novidade mesmo, já que não se trata de um misto), mas de um ‘Roval’ (junção de Road e Oval). Tal como Daytona faz desde a década de 1960 com as 24h, mas que nunca havia sido tentado para os stock cars. Diante das limitações de espaço e do que era possível fazer, foi criado um desenho de 2.28 milhas (cerca de 3.670m) e 17 curvas, valendo-se das duas principais do oval, de chicanes para reduzir as velocidades nos retões e de um ‘infield’ traiçoeiro de 8 curvas, algumas não tão lentas, e com subidas e descidas. Desde que a prova foi confirmada, no fim do ano passado, vários ajustes foram feitos na configuração valendo-se dos testes e do feedback dos pilotos.

Branden Williams/Nascar Digital Media

Não por acaso, a prova vem tirando o sono de quem ainda não se garantiu entre os 12, já que o único teste com a configuração definitiva, em julho, foi um desastre, no sentido literal da palavra. Vários pilotos – Ryan Blaney, Bubba Wallace, Kyle Busch, Jamie McMurray, Chase Elliott, William Byron, entre outros – tiveram encontros nada agradáveis com as barreiras de pneus e danificaram bastante os carros na tentativa de encontrar os pontos ideais de freada, isso sem andar no pelotão. Para os engenheiros, a dor de cabeça é determinar um acerto que mantenha a velocidade nas curvas com 24 graus de elevação e não sacrifique o rendimento no misto – vale lembrar que nos ovais os carros têm acerto assimétrico, o que inclui pressão dos pneus e cambagem. Quem tem maior experiência em mistos, como A.J. Allmendinger, Michael McDowell ou o mexicano Daniel Suárez, já está certamente contando os minutos e sonhando em estragar as pretensões dos favoritos. É esperar pelo que vai ocorrer ao longo das 109 voltas a partir das 15h (de Brasília) do domingo…

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