Acidente de Kvyat em Silverstone também foi causado por pneu. Pirelli estuda mudanças

Os pedidos de desculpas ao time, o empurrão no câmera na beira da pista e o reconhecimento de uma desatenção ao mexer em regulagens no volante da AlphaTauri saem de cena. As imagens de outra câmera no carro #10 de Daniil Kvyat confirmaram que a saída de pista na 12ª volta do GP da Grã-Bretanha de F1, em Silverstone, na velocíssima sequência Maggotts/Becketts, foi provocada pelo estouro do pneu traseiro direito. Sem, portanto, qualquer culpa do piloto russo.

Com isso, foram quatro os problemas nos pneus no GP de domingo. Três deles com o composto mais duro do fim de semana: o C2 (branco). O dechapamento do dianteiro esquerdo nos carros do vencedor Lewis Hamilton; de Valtteri Bottas e Carlos Sainz, teria relação exatamente com o acidente de Kvyat (que usava o C3 (médio) no momento da batida).

Afinal, as equipes aproveitaram a entrada do safety car para antecipar o pitstop obrigatório, na expectativa de que a temperatura mais baixa que a de sexta e sábado garantisse disputar as voltas restantes sem sustos. Os números da Pirelli mostram, no entanto, que quem mais andou com o C1 completou 40 voltas. O recomendado pela fabricante é que não se fosse além das 34. Além disso, há a suspeita de que a quebra da asa da Alfa Romeo de Kimi Räikkönen, pouco antes, tenha deixado detritos na trajetória usada pelos carros.

Silverstone foi completamente reasfaltado ano passado para a etapa da MotoGP e, embora ainda exigente em termos de desgaste, não trazia mais problemas como os de 2013. Quando o próprio Hamilton, além de Felipe Massa (Ferrari), Nico Hulkenberg (Sauber), Jean-Eric Vergne (Toro Rosso) e Sergio Perez (McLaren) sofreram com os furos. Desde então, a Pirelli reviu a construção dos pneus e passou a exigir uma faixa de pressão mínima/máxima;convergência e cambagem – antes, apenas recomendava os valores.

A expectativa é de que nesta terça as análises das carcaças danificadas explique o fenômeno. Não está descartada inclusive a manutenção dos compostos atuais – inicialmente seriam adotados C2, C3 e C4 no GP dos 70 anos da F1, domingo (9).

Siga o Racemotor no:

Threads

Instagram

Facebook

Twitter

Você também pode gostar
Deixe seu comentário

Este site utiliza cookies para aprimorar sua experiência. Clique em Aceitar se concordar. AceitarLeia mais