Criador da Fórmula E: “felicidade imensa por chegarmos ao Brasil”

Ele é grande responsável pelo circo de 300 toneladas de equipamentos, 22 carros e 11 equipes do Mundial ABB FIA da Fórmula E. Quem imagina um dirigente distante e inacessível se surpreende com a disponibilidade do espanhol Alberto Longo, co-fundador da categoria para monopostos elétricos que, em nove temporadas, se transformou numa das grandes realidades do automobilismo internacional. Em conversa (bastante informal) com os jornalistas, ele falou da sensação de finalmente contar com uma etapa brasileira no calendário; dos planos para os próximos anos e das novidades provocadas com a chegada dos carros Gen3 este ano.

“Muita gente não se lembra, mas o Brasil foi o primeiro local em que pensamos para uma corrida. Nosso acordo com a FIA para a criação do campeonato foi assinado no Rio. E também o Rio (no Aterro do Flamengo) receberia um E-Prix. Apesar da disponibilidade do prefeito Eduardo Paes, por algumas razões a prova não saiu. Mas aqui estamos e a felicidade é imensa. O prefeito Ricardo Nunes nos ajudou bastante e São Paulo abriu as portas para a Fórmula E”, disse Longo. Que citou um detalhe importante sobre a etapa. “Estamos na terceira de três provas novas em sequência, mas não tivemos qualquer preocupação em relação ao Brasil por causa da experiência com as categorias internacionais”.

Calendário

O dirigente antecipou ainda novidades para 2024. Confirmou uma nova etapa no continente americano – ‘se disser onde a vocês terei que matá-los depois”, brincou. Segundo ele, o campeonato trabalha com um limite de 18 corridas (são 16 este ano). “Podemos desfazer algumas rodadas duplas para abrigar novos destino”.

Longo também revelou que a ideia é adotar o Attack Charge (o pitstop rápido para recarga das baterias) em todas as corridas das próxima temporada. A estreia do sistema está prevista ainda para este ano, mas sem E-Prix definido. “O fabricante dos equipamentos lida com a falta de alguns componentes para concluir a produção dos carregadores, por isso ainda não há como precisar em que evento o lançaremos. Antes pretendemos fazer alguns testes com as equipes”.

Por falar em testes, Longo também afirmou que o Rookie Test, para reservas e novatos, voltará a acontecer este ano. Os planos de uma categoria de acesso (espécie de Fórmula E2) continuam, mas sem pressa. “Queremos ter uma porta de entrada para a F-E, mas estamos avaliando com calma todas as questões: se ela seria monomarca; se envolveria apenas novos times ou também os atuais; os custos e a logística. Vai acontecer, mas ainda não sabemos quando”.

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