O adeus a Bird Clemente

O automobilismo brasileiro se despede de um de seus grandes. Morreu neste domingo, aos 85 anos, Bird Clemente. O paulistano filho de um argentino viu nascer na faculdade a paixão pelas pistas, no fim da década de 1950 e não demorou a mostrar talento, a ponto de integrar duas das principais equipes da época: Vemag (com os DKW) e Willys, a bordo dos Interlagos berlineta, versão brasileira dos Alpine A108. A mudança de uma para outra, aliás, fez com que Bird se transformasse no primeiro piloto profissional do país, em 1963. A equipe comandada por Luiz Antônio Greco contava, entre outros, com os irmãos Fittipaldi; Luiz Pereira Bueno, Francisco Lameirão e José Carlos Pace.

Bird se destacou em um período marcado pelas corridas de rua e também se tornou um dos principais intérpretes do antigo Interlagos e seus quase oito quilômetros. Ao lado do irmão Nilson, venceu as Mil Milhas; as 24h e as 25h de Interlagos e os 500km. Se era rápido a bordo de carros leves e menos potentes, também foi no comando de máquinas como o Ford Maverick V8 ou o Opala, normalmente fazendo as curvas de lado. E foi incluído pela revista britânica Autosport na lista dos 50 melhores pilotos que não chegaram à F-1, em meio a nomes como A.J. Foyt, Tom Kristensen e Sebastien Loeb.

Ele também se mostrou um grande contador de histórias, que renderam o livro ‘Entre ases e reis de Interlagos’ e uma coluna na revista Racing. Em nota assinada por seu presidente, Giovanni Guerra, a Confederação Brasileira de Automobilismo (CBA) lembra que “idolo de gerações, Bird foi um do maiores pilotos que o Brasil já teve. Sua carreira e trajetória estão marcadas para sempre na história do esporte que tanto amamos”.

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