Dia triste no automobilismo, com a morte de Wilsinho Fittipaldi

Uma sexta-feira triste para o automobilismo brasileiro, com a perda de um de seus personagens marcantes. Wilson Fittipaldi Júnior, o Wilsinho, morreu aos 80 anos, em decorrência dos problemas que sofreu justamente no dia do último aniversário (25 de dezembro) e que o mantinham inconsciente desde então. Se o irmão mais novo Emerson ganhou maior notoriedade com os dois títulos mundiais na F-1 e as conquistas na Indy, Wilsinho também traçou uma bela trajetória nas pistas e fora delas.

Ao lado do também saudoso Ricardo Divila, Wilsinho foi o cérebro da Copersucar, equipe criada pelos irmãos Fittipaldi que competiu na F-1 de 1975 a 1982. Com o mesmo nome do pai, o Barão Wilson, iniciou sua trajetória no kart, passou pela Fórmula Vee e desenvolveu projetos lendários como o Fitti-Fusca e o Fitti-Porsche, antes de se aventurar na F3, na F-2 e na F-1.

Na principal categoria, participou de 38 GPs, com 35 largadas pela Brabham e pela própria Copersucar, entre 1972 e 1975. Foi ao pódio no primeiro GP Brasil, em Interlagos, prova que não valeu para o Mundial, mas serviu para homologar a pista paulistana. Seu melhor resultado veio no desafiador Nurburgring, em 1973: um quinto lugar.

Wilsinho, ou “Tigrão” gostava, aliás, de correr em condições complicadas. Certa vez contou como fez para largar no circuito de rua de Montjuich (Barcelona), sob chuva. “Eu não enxergava nada, mas quando o barulho dos motores dos outros carros ficou mais distante, acelerei também”.

Terminada a aventura da Copersucar, ele passou a correr na Stock Car e no Brasileiro de Marcas e Pilotos, ao mesmo tempo em que cuidava da carreira do filho Christian. Juntos, aliás, venceram as 1000 Milhas de 1994, com um Porsche 911 RSR. Participou ainda do GT3 Brasil, também de Porsche. Versátil, Wilson Fittipaldi também se aventurou nos ralis cross-country. Pela Mitsubishi, disputou o Sertões de 2001 para, em seguida, se tornar chefe (vitorioso) da equipe.

Nos últimos anos, enquanto a saúde permitiu, Wilsinho voltou às origens, como consultor da F-Vee. Acompanhava com entusiasmo treinos e competições da categoria que disputou nos anos 1960. E estimulou o parceiro Divila a criar um novo projeto de carro para a Vee, ainda não transformado em realidade.

O Racemotor homenageia a memória de Wilsinho Fittipaldi e se solidariza com sua esposa, Rita, o filho Christian, com Emerson e toda a família.

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