GP da Espanha da F-1 vai trocar Barcelona por circuito de rua em Madri
IFEMA MadridO que era um rumor se confirmou nesta terça-feira (23). A etapa espanhola do Mundial de Fórmula 1 ganha nova casa a partir da temporada 2026. Até 2035, o GP da Espanha passará a ser disputado em um traçado de rua desenhado em torno do centro de convenções e eventos Ifema, em Madri. A pista temporária terá 5,474km e 20 curvas. Desde 1991 a prova é disputada no Circuito da Catalunha, em Montmelo.
A mudança contou com o apoio dos governos municipal e da região de Madri. Ela marcará o retorno da F-1 à capital espanhola após 45 anos. Jarama, nas cercanias da cidade, recebeu a categoria nove vezes. Além disso, será o quarto circuito de rua do país europeu a sediar GPs. Pedralbes, em Barcelona, foi palco das duas primeiras visitas do circo, em 1950 e 1951.
O parque de Montjuich, também na cidade catalã, deu origem a um perigoso traçado que, em 1975, quarto e último ano, ficou marcado pelo acidente com Rolf Stommelen que matou cinco espectadores. Valencia hospedou, de 2008 a 2012, o GP da Europa.
“Madri é uma cidade incrível, com uma herança cultural e esportiva incrível. Estamos iniciando um novo capítulo incrível para a F-1 na Espanha. A IFEMA Madrid, o governo regional e a prefeitura se uniram por uma proposta fantástica, que resume a nossa visão de criar um evento de esporte e entretenimento com o máximo valor para os fãs, abraçando a inovação e a sustentabilidade”, comentou o CEO da F-1 Stefano Domenicali.
Reciclável
Embora exija a montagem de toda uma estrutura temporária, o novo GP da Espanha promete abraçar o conceito de sustentabilidade. A energia gerada para o paddock, junto aos pavilhões da IFEMA, virá de fonte renovável (solar). Os materiais usados para montagem dos boxes e demais construções serão recicláveis. O projeto prevê arquibancadas e estruturas capazes de receber inicialmente até 110 mil pessoas por dia.
O contrato da Liberty Media com Barcelona vai justamente até 2026. A permanência da pista no calendário além dessa data não está descartada, embora seja cada vez menos provável.
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